Os golfistas portugueses Tomás Gouveia, Hugo Camelo Ferreira e Ricardo Santos estão dentro do ‘cut’ provisório do Open de Portugal, após o primeiro dia da prova do Challenge Tour, que decorre no Royal Óbidos Spa & Golf Resort.
Num dia de condições climatéricas difíceis, que tornaram o traçado de Par 71 ainda mais desafiante, Tomás Melo Gouveia, membro do Challenge Tour, destacou-se entre a comitiva nacional, composta por 15 jogadores, e entre a elite da segunda divisão do golfe europeu, ao partilhar a sexta posição do ‘leaderboard’ com mais cinco jogadores, todos com 67 pancadas (-4).
O algarvio, de 30 anos, nem começou muito bem a jornada de abertura, mas, depois de assinar dois ‘bogeys’ (uma acima do Par) nos buracos 2 e 7, reagiu da melhor forma com quatro ‘birdies’ (uma abaixo do Par) nos ‘greens’ do 8, 9, 10 e 15 e um ‘eagle’ (duas abaixo) no buraco 11.
“É um grande resultado, sem dúvida. É de longe o meu melhor resultado neste torneio. Foi muito positivo, apesar do início atribulado, estou muito contente. Hoje, o ‘putt’ funcionou muito bem e foi o herói que me manteve em jogo nos primeiros sete buracos e depois me alavancou com muitos ‘birdies’ e um ‘eagle’ para o resto da volta”, afirmou Gouveia.
Apesar de reconhecer sentir “muita pressão por jogar em casa”, Tomás Melo Gouveia lembra ter jogado “muitas vezes este torneio e ter tentado aprender sempre”, o que o deixa “mais bem preparado do que em anos anteriores”.
“Claro que uma volta destas dá sempre confiança, põe-me em boa posição para amanhã [sexta-feira] e para os próximos dias, portanto estou muito contente”, sublinhou o golfista português, 72.º colocado no ‘ranking’ do Challenge Tour, a ‘Road to Maiorca’.
Assim como Melo Gouveia, que tem como melhor resultado esta temporada o quinto lugar no Open da Bretanha, em junho, Hugo Camelo Ferreira também completou os primeiros 18 buracos abaixo do Par, naquela que foi a sua estreia enquanto profissional no Open de Portugal.
Graças a quatro ‘bogeys’, nos buracos 4, 5, 10 e 15, e cinco ‘birdies’ (11, 16, 17, 18 e 8), o golfista do Clube de Golfe de Miramar, que passou o ‘cut’ do evento português do Challenge Tour como amador, em 2022, contabilizou 70 pancadas (-1), estando provisoriamente empatado na 29.ª posição, depois da volta inaugural ter sido suspensa por falta de luz natural.
“Balanço positivo desta primeira volta. Foi uma boa volta, nestas condições e, neste ‘set up’ do campo, é sempre bom jogar abaixo do Par. O vento foi o maior desafio”, confessou o jovem golfista, que tem como “principal objetivo fazer sempre o melhor resultado possível e passar o ‘cut’ como profissional’”.
Já entre os restantes representantes nacionais, apenas Ricardo Santos, com uma estreia em 71 pancadas, após registar um ‘bogey’ (16) e um ‘birdie’ (7), conseguiu integrar o lote de 77 jogadores dentro do ‘cut’ provisório, fixado no Par do campo.
“De certa forma, foi um resultado justo. Nos primeiros nove buracos, não joguei tão bem, falhei três oportunidades boas de ‘birdie’ e não estive muito consistente, especialmente do ‘tee’. No ‘back nine’, joguei bem mais sólido, falhei só uma oportunidade de ‘birdie’ e concretizei a outra. O dia estava difícil, com muito vento, e é complicado meter a bola perto do buraco e ter oportunidades de ‘birdie’”, explicou Santos, membro do DP World Tour.
A 62.ª edição do Open de Portugal, dotada de 270 mil euros em prémios monetários e que distribui dois mil pontos para a ‘Road to Maiorca’, é liderada pelo escocês Ryan Lumsden, com 65 pancadas, seis abaixo do Par, uma de vantagem sobre o quarteto que partilha o segundo lugar.
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