O 41º campeonato do Mundo de hóquei em patins, que Angola realizou de 20 a 28 de setembro, nas cidades de Luanda e Namibe, ficou pautado pela excelente organização em todos os quadrantes.
Os comentários das delegações participantes apenas traziam elogios pelas condições existentes quer no capítulo desportivo como organizativo, depois de algum ceticismo que pairava no ar por ser a primeira vez que uma prova do género vinha para Angola.
A poucos dias do arranque da prova, o comité organizador informou que a seleção da Inglaterra acabou por desistir da prova, por alegadas questões financeiras, e acabou sendo substituída pelo uruguaia.
Aquém das expetativas iniciais ficou a seleção de Angola, que teve dois anos de preparação no sentido de ficar entre as quatro colocadas da prova, o que não veio a acontecer, pois ficou na nona posição.
O cinco nacional comandado por Orlando Graça, começou da melhor forma ao golear na estreia a sua similar da África do Sul. Na jornada seguinte diante do Chile, começou o descalabro da equipa nacional, que acabou por perder e de forma antecipada passar para as posições menos esperadas inicialmente, visto que na ronda a seguir havia de encontrar Portugal que veio para Angola resgatar o título há muito perdido para os seus vizinhos espanhóis.
Após a queda na prova o pavilhão de Luanda teve quebras no que à presença de adeptos diz respeito, visto que Angola passaria a jogar na cidade do Namibe.
Já na terra do deserto o público mostrou que estava com a equipa e em todos os jogos lotou o pavilhão.
O país mobilizou-se, mas as atenções recaíam apenas para as cidades de Luanda e Namibe, que albergavam duas séries cada, com oito equipas cada.
As infraestruturas mais modernas que se podem encontrar no mundo estão ai e vão servir para o relançamento não só da modalidade, mas também de outras disciplinas de sala, sobretudo para eventos continentais ou mesmo mundial.
A componente dos transportes aéreos e rodoviários estiveram bem patentes e actuantes, o que levou todas as delegações estrangeiras a aplaudirem quase constantemente a excelente organização do governo de Angola e parceiros envolvidos no evento, que pela primeira vez teve como palco o continente berço da humanidade.
Participaram na prova (na ordem da classificação final) Espanha, Argentina, Portugal, Chile, Itália, Brasil, Moçambique, França, Angola, Suíça, Alemanha, África do Sul, Colômbia, EUA, Áustria, Uruguai.
Já a seleção júnior (sub20) terminou em oitavo lugar a sua participação no sexto campeonato do mundo da categoria que decorreu em Cartagena (Colômbia).
No que à competição interna diz respeito, o campeonato provincial de Luanda foi ganho pelo 1º de Agosto enquanto a Académica de Luanda conquistou o Nacional. A Taça de Angola teve como vencedor o Juventude de Viana que bateu na final o Petro de Luanda.
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