Os treinadores das equipas que vão disputar a final a quatro da Taça de Portugal de hóquei em patins assumiram hoje as expetativas de vencerem uma competição que se vai decidir nos pormenores, sábado e domingo, em Barcelos.
Na véspera da partida entre FC Porto e Oliveirense, marcada para as 12:00 de sábado, e do embate entre Benfica e Óquei de Barcelos, agendado para as 16:30, os técnicos vincaram “expetativas máximas” em erguerem o troféu e em sucederem ao Sporting de Tomar, vencedor em 2022/23.
Treinador do FC Porto, líder do campeonato e detentor da Liga dos Campeões, o espanhol Ricardo Ares realçou que a sua equipa tem primeiro de se concentrar na meia-final e desvalorizou o historial da presente época diante da equipa de Oliveira de Azeméis, com a qual venceu um jogo para o campeonato (5-4) e perdeu outro (5-0).
“Neste tipo de jogos, os pormenores serão vitais. Esses resultados são passado. O que interessa é competir melhor no presente. As quatro equipas conhecem-se muito bem quanto aos seus modelos de jogo. Tentaremos desenhar o melhor plano possível para chegar à final”, referiu o treinador galego, durante a conferência de imprensa realizada no Pavilhão Municipal de Barcelos, palco da ‘final four’.
O também espanhol Edo Bosch referiu que a Oliveirense, equipa que venceu pela última vez a Taça de Portugal na época 2018/19, tem a esperança de “levantar o caneco num pavilhão histórico” e considerou igualmente que os “pormenores vão fazer a diferença”, frente a um adversário que conquistou pela última vez a prova na temporada 2021/22.
“Espero um jogo equilibrado. O último jogo para o campeonato foi muito equilibrado. Espero que amanhã [sábado] seja igual. Esperamos estar mais acertados e focados [em relação ao jogo anterior, disputado em 09 de março] para alcançar a vitória”, disse o técnico catalão.
A segunda meia-final vai opor equipas que se defrontaram por três vezes no último mês e meio, com o Óquei de Barcelos a vencer os dois jogos para os quartos de final da Liga dos Campeões (4-2 e 5-1) e o Benfica a triunfar no Minho no passado sábado, para o campeonato (4-1).
Preparado para “um pavilhão especial”, habitualmente casa do Óquei, o treinador do Benfica perspetivou um jogo “extremamente difícil” contra “um adversário de excelência”, que as ‘águias’ querem vencer para continuar a ‘alimentar’ a esperança de erguer um troféu que lhes escapa desde a temporada 2014/15.
“O jogo de amanhã é crucial. É aquele em que nos temos de focar. Tudo o resto não interessa. Será extremamente difícil para ambas as equipas e decisivo. E será diferente, quase de certeza, dos outros três”, frisou Nuno Resende.
Rui Neto considerou, por seu turno, que pormenores como as bolas ao poste ou a inspiração dos guarda-redes podem decidir partidas que se esperam niveladas, entre quatro clubes que ambicionam conquistar a Taça de Portugal, e rejeitou favoritismo por jogar em Barcelos.
“Favoritos com certeza não somos. [Os adeptos] poderão ajudar a equipa em momentos menos bons, mas não acredito que sejam determinantes. As equipas aqui estão mais do que habituadas a jogar em ambientes adversos. Mas podem ajudar a equilibrar em termos de favoritismo”, disse o técnico de um clube que venceu pela última vez a prova em 2003/04.
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