Num dia com condições difíceis devido ao vento forte e ondulação, os históricos barcos de remo da classe Yole fizeram-se ao Tejo para manter viva uma tradição com quase dois séculos. Com sete clubes envolvidos e 250 atletas, a jornada foi dominada pela Associação Naval de Lisboa.

Embora praticamente sem chuva, a ediçã0 2020 do Campeonato Nacional de Yole realizou-se este fim-de-semana em condições climatéricas desafiantes. O vento forte de sul e a ondulação colocaram à prova a técnica e capacidade de superação dos remadores, mostrando que os barcos históricos da classe Yole continuam a fazer parte integrante da paisagem de Lisboa e do Tejo, mantendo viva uma tradição com quase 200 anos.

Com a participação de sete clubes de todo o país e um total de duas centenas e meia de atletas, a competição decorreu no estuário do Tejo, com o campo de regatas a ligar o MAAT à Ponte 25 de Abril, numa extensão total de mil metros. Barcos com quatro e oito remadores deslizaram assim nestas águas agitadas envolvendo praticantes das categorias de Juvenis, Seniores e Veteranos.

Resultando de uma colaboração entre a Federação Portuguesa de Remo e a Associação Naval de Lisboa, a organização deste campeonato implicou medidas especiais, de acordo com as normas de segurança e higiene validadas pela Direção Geral da Saúde. A ausência de público, a medição da temperatura corporal a todos os participantes, o uso permanente de máscara e o distanciamento físico entre as equipas garantiram uma jornada desportiva sem sobressaltos.

No final, a Associação Naval de Lisboa dominou a pontuação por clubes (208 pontos), à frente da Associação Académica de Coimbra (79,5 pontos) e do Clube Ferroviário de Portugal (48,5 pontos). A este troféu, a ANL juntou ainda a conquista do título na prova rainha, o Yole de 8 sénior masculino.