Norberto Mourão, em VL2, Alex Santos e Floriano Jesus, ambos em VL2, ficaram todos a um só lugar da entrada direta nas finais dos Campeonatos do Mundo de canoagem adaptada, mas continuam otimistas no objetivo Jogos Paralímpicos Paris2024.
“Desde 2019 que não tinha de passar pela meia-final, mas sabia que o atleta dos Estados Unidos podia surpreender, como o fez em Tóquio2020 com a prata. Foi uma eliminatória muito forte. Demos o máximo até ao fim e foi ele quem acabou por levar a melhor”, disse à Lusa Norberto Mourão.
O medalha de bronze em Tóquio2020 concluiu o seu desempenho em 54,173 segundos, perdendo para Steve Haxton por 872 milésimos de segundo, numa regata em que apenas o vencedor avançava logo para a discussão das medalhas.
“Ele descansa mais um dia e eu é mais um dia a dar o estoiro novamente. Menos um dia em que o corpo começa a acalmar demais, até vai ser melhor para (a final de) sábado”, valorizou.
Norberto Mourão, que este ano venceu a Taça do Mundo da Hungria e foi vice-campeão da Europa, em Montemor-o-Velho, recorda que fez uma “preparação excelente” para os Mundiais, nos quais foi medalha nas últimas três edições, com uma prata e dois bronzes.
“Este ano o objetivo principal são as vagas paralímpicas. Medalha dá a vaga, mas não posso estar a pensar pódio, mas essencialmente em estar na final e garantir que estarei nos seis melhores, pois só assim estarei em Paris2024”, completou o paracanoísta de 42 anos, assegurando que está num momento de forma ímpar.
Floriano Jesus diz que fez uma prova ao seu nível, contudo “não esperava pelo bom desempenho do chinês”, que lhe sonegou o desejado terceiro lugar que valia a final de VL1, por 1,310 segundos.
“Não foi desta, mas será na semifinal. Estou focado, preparei-me bem e confio que posso ir à final”, vincou o atleta, que vai ter a meia-final decisiva na sexta-feira, precisando ficar nos três primeiros.
Alex Santos, que foi quinto em Tóquio2020 na mesma classe, disse ter sido surpreendido pelo brasileiro, que na reta final o superou em pista mais distante.
“Nos últimos metros olhei para o lado para perceber como estava na prova e acho que foi aí que fui ultrapassado. Agora é dar o melhor para voltar a estar na final, que é o objetivo”, completou.
Em todas as classes da canoagem adaptada são apurados para Paris2024 os seis primeiros.
Comentários