O “patrão” da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, qualificou, esta quinta-feira, como «uma piada» a polémica sobre a ultrapassagem alegadamente irregular de Sebastien Vettel no Grande Prémio do Brasil, considerando lamentável que o tricampeonato do alemão esteja a ser ensombrado.
«É uma pena, porque correu tudo bem. Foi uma corrida espetacular, um campeonato espetacular. Agora toda a gente está a falar sobre isto. O problema é que ninguém sabe o que se está a pensar», lamentou Bernie Ecclestone, em entrevista ao Daily Telegraph.
O patrão da modalidade recordou que há regras e prazos para protestar e que a Ferrari falhou o “timing”.
«Há o facto de ter sido mostrada a bandeira verde, algo de que ninguém parece discordar. É uma completa piada. O que eles estão a dizer naquela carta é errado», apontou, referindo-se à nota endereçada pela escuderia italiana à Federação Internacional do Automóvel (FIA).
A Ferrari afirmou hoje no seu twitter oficial, que tinha enviado uma carta ao organismo que superintende a Fórmula 1, de forma a ser esclarecida a dúvida da legalidade da ultrapassagem.
Com recurso às imagens de vídeo da prova, fica a dúvida sobre se Vettel ultrapassa o francês Jean-Eric Vergne, piloto da Toro Rosso, quando ainda havia bandeiras amarelas no circuito de Interlagos, o que não é permitido pelas regras da competição.
A manobra, a ser considerada ilegal, penalizaria o alemão com perda de 20 segundos em Interlagos, passando do sexto para o oitavo posto na corrida, o que provocaria a perda do título de campeão do Mundo para o espanhol Fernando Alonso, da Ferrari.
O diretor de corridas da FIA, já afastou essa hipótese em entrevista à edição eletrónica da revista alemã Sport Bild, considerando que o germânico agiu de forma regular.
«Vettel fê-lo de maneira correta. Ele reagiu a uma bandeira verde que estava 350 metros à frente da última luz amarela», esclareceu Charlie Whiting.
Também um porta-voz da FIA fechou a porta a qualquer eventual penalização e consequente perda do título ao piloto da Red Bull: "O seu título não está em perigo, pois não haverá investigações à posteriori", referiu à mesma publicação.
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