A telemetria da moto de Luis Salom, hoje divulgada, indica que a passagem sobre uma irregularidade no asfalto com o travão acionado, à velocidade de uma volta rápida, provocou o acidente fatal do espanhol nos treinos livres de Moto2.

De acordo com os dados fornecidos pela equipa de Salom, o piloto chegou à zona de travagem para a curva 12 do circuito da Catalunha, palco da sétima prova do Mundial de motociclismo de velocidade, seis km/h mais lento do que na sua volta rápida, o que o levou a travar nove metros mais tarde do que o habitual.

“Na entrada desta curva existe uma irregularidade no asfalto, conhecida de todos os pilotos, e o atraso na travagem fez com que o Luis [Salom] tivesse mantido o travão acionado ao passar por cima dela, ao contrário da maioria das voltas anteriores, em que soltou antes o travão”, informou a equipa.

O facto de manter a moto em travagem e passar sobre aquela irregularidade a velocidade idêntica à de uma volta rápida “provocou uma pressão excessiva sobre o pneu dianteiro e uma perda de aderência, que provocou a sua queda, com o resultado trágico que é conhecido”.

Salom morreu na sexta-feira, aos 24 anos, em consequência de um acidente sofrido nos treinos livres do Grande Prémio da Catalunha de Moto2, que foi suspensa a 24 minutos do fim e nos quais participou o piloto português Miguel Oliveira.

De acordo com a organização do Mundial, Salom foi assistido pelos médicos presentes no circuito, mas devido à gravidade dos ferimentos, foi transportado de ambulância para o Hospital Central da Catalunha, onde foi decretado o óbito.