O piloto português Miguel Oliveira (KTM) assumiu hoje que o objetivo para a temporada de 2021 é "chegar ao fim a lutar pelo título" na classe rainha do Mundial de motociclismo de velocidade, o MotoGP.
"O objetivo é lutar pelo título. Discutir o campeonato não é só o meu objetivo, mas também da marca. Não que isso nos crie alguma expectativa ou pressão, mas o que nos cabe fazer é capitalizar", disse o piloto português, durante a cerimónia de assinatura do contrato de renovação de patrocínio com uma empresa de crédito.
Sobre os principais adversários, Miguel Oliveira diz ser "difícil não colocar todos" no lote de favoritos. "Não descarto ninguém. Temos uma grelha única, com muitas motas oficiais", sublinhou, acrescentando que "a base da mota é a mesma" da de 2020.
"Acho que seria muito arriscado optar por uma estratégia radical. Tivemos poucos dias de testes e num só circuito, que não é o melhor para testar [em Losail, no Qatar]. Quero uma experiência de época inteira para perceber qual o ponto forte o ponto fraco da mota para em 2022 podermos fazer uma evolução mais completa", explicou o piloto da KTM, que em 2020 terminou o campeonato na nona posição, com 125 pontos, a apenas 33 do segundo lugar.
Sobre o facto de enfrentar o campeonato de 2021 já com a carta de mota tirada, ao contrário do que acontecia até aqui, Miguel Oliveira desvalorizou. "Com carta ou sem carta sinto-me com capacidades para disputar o título", disse.
O piloto luso considerou, ainda, que "2020 foi um ano atípico", mas que "foi um dos melhores anos" da sua carreira.
"Desportivamente, apanhámos o ano da covid-19 e tivemos de nos adaptar. Fizemos mais de metade do campeonato em meia época e faltou variedade de circuitos. Mas foi bom por podermos voltar a competir. Acabou por ser uma época muito positiva. Foi um dos melhores anos da minha carreira desportiva", garantiu.
Miguel Oliveira aproveitou, ainda, para homenagear o pai, Paulo Oliveira, também presente no evento, apesar de admitir a existência de "diferenças de opinião".
"Mas isso faz parte da vida. A melhor coisa que lhe posso oferecer é um título mundial este ano", anotou, antes de lhe oferecer uma garrafa de vinho da colheita de 1995, ano em que nasceu o piloto português.
Já o diretor-geral da Cofidis, Sébastien Haquette, sublinhou que Miguel Oliveira "é uma pessoa com valores muito fortes, com grande resiliência e é impossível ficar indiferente ao seu percurso".
Comentários