O Mundial de ralis (WRC) arranca na quinta-feira, em Monte Carlo, à ‘porta fechada’, com a primeira de 12 provas de um calendário reformulado devido à pandemia de covid-19, que adiou a reforma do campeão Sébastien Ogier (Toyota).
O piloto francês tinha previsto acabar a carreira no final de 2020, mas a pandemia levou-o a adiar o ‘adeus’ por um ano.
Adiada foi, também, a introdução de novas regras técnicas e de carros híbridos, que só deverão chegar em 2022, devido à limitação de realização de testes imposta pela covid-19.
Assim, menos de dois meses depois de Ogier festejar o sétimo título da carreira, o campeonato regressa, mas sem público nas estradas, à semelhança do que aconteceu no final da temporada anterior, com um calendário de 12 jornadas, onde se destaca o regresso de Portugal (21 a 23 de maio), depois do cancelamento de 2020, e das entradas do rali do Ártico (Finlândia), do rali de Ypres (Bélgica) e da Croácia.
Nesta primeira prova, montada a partir de Gap, terra natal de Ogier, os pilotos enfrentam das mais difíceis condições, com gelo e neve.
"Este ano será diferente do normal. Sempre tive um apoio massivo, mas, mesmo se os adeptos não estarão na berma da estrada, vão dar-me o seu apoio pela televisão e nós tentaremos fazê-los felizes", disse Ogier, que em 2021 tem um novo diretor.
O antigo piloto finlandês Jari-Matti Latvala substituiu o compatriota Tommi Makkinen à frente da equipa, que manteve Ogier, o britânico Elfyn Evans e o finlandês Kalle Rovanpera, além do japonês Takamoto Katsuta.
Ogier também revela estar "mais preparado, depois de ter feito alguns ralis com o Yaris WRC", o que lhe transmite "mais confiança".
A maior ameaça deverá chegar, mais uma vez, da Hyundai, equipa campeã de construtores, que em 2021 deixa de contar com a ajuda do francês Sébastien Loeb, o recordista de títulos mundiais, com nove, conquistados consecutivamente de 2004 a 2012.
O anterior campeão, o estónio Ott Tanäk, e o belga Thierry Neuville são os pilotos principais, com o terceiro carro a ser dividido pelo espanhol Dani Sordo e o irlandês Craig Breen.
Neville surpreendeu ao anunciar, na sexta-feira, a menos de uma semana do início do campeonato, a mudança de navegador, com o belga Nicolas Gilsoul a ser substituído pelo compatriota Martijn Wydaeghe, pelo menos na primeira prova da época.
"Vamos ver se será ele a ficar no carro depois. É novo e motivado", frisou.
Já Tanäk, espera esquecer a temporada de 2020, em que perdeu o título.
"Monte Carlo é sempre um desafio, talvez o maior da temporada. É a primeira prova da época e é onde estamos mais nervosos", admitiu.
A Hyundai contratou ainda a promessa norueguesa Oliver Solberg, filho do antigo campeão mundial Peter Solberg (2003), que correrá na classe WRC2 este ano, devendo subir à competição principal em 2022.
Na Ford, mantém-se o britânico Gus Greensmith e o finlandês Teemu Suninen, tendo entrado o francês Adrien Fourmoux, que substitui o finlandês Esappeka Lappi.
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