O piloto português Miguel Oliveira (KTM) admitiu hoje que o ombro direito "não estava a 100%" durante o Grande Prémio da Riviera de Rimini, em Itália, mas "não influenciou" o quinto lugar que conquistou na prova de MotoGP.
"O ombro não foi um problema, mas também não esteve a 100%. Os próximos três dias de descanso serão cruciais para estar a 100% em Barcelona [onde se disputa a próxima corrida, no domingo], e a terapia que vou fazer para recuperar ao máximo", explicou o piloto de Almada, que hoje ascendeu à oitava posição do Mundial de MotoGP, a apenas cinco pontos do quinto lugar.
Em declarações aos jornalistas após a corrida, Miguel Oliveira mostrou-se "satisfeito com o resultado", confessando saber que tinha "ritmo para uma boa classificação", apesar de a posição de partida, o 15.º lugar da grelha, não ser "boa".
"Era preciso ser inteligente, pois era fácil cair. Consegui ficar na mota, ser inteligente e correr apenas os riscos necessários", sustentou o piloto de Almada.
Oliveira explicou que as KTM têm tido alguma dificuldade com as escolhas de pneus, pois "a diferença entre os pneus duros e os médios é grande".
"Os médios podem ser usados por algumas motas. Nós não, porque não temos estabilidade, que só conseguimos com os duros. Mas esses têm a borracha muito dura. Penso que é uma das causas das quedas", anotou o piloto da Tech3.
Para as próximas corridas, Miguel Oliveira espera melhorar na qualificação, mas, para isso, "não há um segredo".
"Tenho apenas de ser mais rápido. Ser mais agressivo nas qualificações. Mas, ao mesmo tempo, o meu estilo não é agressivo o suficiente para ir rápido com esta mota. Contudo, se começarmos bem, podemos lutar pelo pódio em todas as corridas", frisou, acrescentando que está "otimista" num bom resultado em Barcelona.
Se há uma semana, neste mesmo traçado de Misano, o 12.º lugar da qualificação valeu apenas o 11.º posto final, desta vez o piloto português, partindo da 15.ª posição, conseguiu chegar ao quinto posto.
"A nossa mota estava mais competitiva e isso fez a diferença. Apesar de a posição de arranque não ter sido melhor, foi suficiente para sermos mais competitivos. A maior dificuldade foram as primeiras voltas. Ganhar tempo e ultrapassar não é fácil. Se tivesse pista livre, teria ido mais rápido", concluiu Miguel Oliveira.
Após sete corridas disputadas no Mundial de MotoGP, o piloto da KTM é oitavo, com 59 pontos, a cinco do quinto lugar e a 25 do primeiro, o italiano Andrea Dovizioso (Ducati).
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