O português Tiago Monteiro assumiu-se entusiasmado com a nova regulamentação para as edições de 2018 e 2019 da taça do mundo de carros de turismo, que vai adotar a designação de WTCR.
“Novas regras, mais carros e mais corridas” foram o mote lançado pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) no anúncio da mudança. Na 'fusão' do WTCC com o TCR International Series, que também desaparece, a competição perde o estatuto de campeonato e passa a taça do mundo.
Entre as alterações, destacam-se a realização de três corridas em cada um dos 10 fins de semana de competição, uma no primeiro dia e duas no segundo – com diferentes sistemas de pontuação –, a proibição de carros de fábrica e um maior equilíbrio entre as viaturas, ao abrigo da regulamentação TCR.
“Conforme já se faz nos GT3, as equipas de fabrica são proibidas. Mas, conforme também se faz nos GT3, há varias equipas com apoio grande das fábricas. Com peças, mecânicos, engenheiros e pilotos, por exemplo. Outra grande diferença são os carros, que são bastante diferentes de pilotar. Um pouco mais lentos, sem se notar visualmente, mas vão ficar mais próximos uns dos outros e mais resistentes aos toques”, explicou Tiago Monteiro, em declarações à Lusa.
Antevendo que a “mistura de equipas e pilotos do WTCC e do extinto TCR vai ser interessante”, o piloto português, que terminou o campeonato de 2017 na oitava posição, depois de ter liderado a competição até à sexta etapa.
“São alterações interessantes, sem dúvida, e um formato fora do comum. Mas, no final, o que os fãs procuram são corridas, e o facto de oferecer três corridas por fim de semana é um programa muito preenchido para nós, pilotos e equipas, mas muito mais interessante para a televisão e para os fãs. Acho que 10 a 12 fins de semana é um bom número para um campeonato mundial. Vai ser muito intenso, mas interessante”, frisou.
Tiago Monteiro, de 41 anos, que sofreu um violento acidente em 07 de setembro, numa sessão de testes da Honda, em Barcelona, tendo falhado as três últimas provas do Mundial de WTCC, disse confiar num regresso em pleno às pistas no início de 2018.
“Acabei de chegar de 15 dias de uma volta ao mundo para a Honda, mas também para visitar alguns médicos nos Estados Unidos e seguir alguns tratamentos especiais. Foi muito produtivo, e a recuperação está a decorrer muito bem. Espero estar a 100% em fevereiro ou março”, rematou.
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