Maddie Groves, duas vezes medalhista olímpica australiana, bateu com a porta da seleção para os Jogos Olímpicos de Tóquio, denunciado a presença de "pervertidos misóginos" no desporto.
A jovem de 26 anos, nadadora medalhada com duas pratas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, partilhou a sua decisão nas redes sociais na quinta-feira.
"Que isto seja uma lição para todos os pervertidos misóginos do desporto e para aqueles que lambem as botas", escreveu.
"Já não se pode explorar jovens mulheres e raparigas, envergonhar os seus corpos ou temer pela sua saúde e depois esperar que elas o representem para que possam ganhar o seu bónus anual. Acabou", frisou.
A nadadora não precisou quem seria o alvo, ou alvos, das suas críticas, mas em novembro de 2020 já se tinha-se queixado, também nas redes sociais, sobre uma "pessoa que trabalha na natação” e que a “faz sentir desconfortável” pela forma como olhava para ela e para as suas roupas.
Alguns dias mais tarde denunciou um "comentário sinistro" feito por um treinador, que também não identificou, que mais tarde pediu rapidamente desculpa, "talvez porque o psicólogo da equipa lhe disse para o fazer".
O organismo que tutela a natação do país disse que tinha tentado contactar Groves sobre o seu tweet, mas que esta "recusava-se a fornecer mais informações".
Apesar da sua retirada, Maddie Groves diz que não pretende terminar a sua carreira, dizendo que está ansiosa por "competir em mais eventos no final deste ano".
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