O nadador húngaro Kristof Rasoveszky e a norte-americana Haley Anderson venceram hoje a terceira etapa do mundial de águas abertas disputada no ‘santuário' do Sado, em Setúbal.

Rasovszky ‘bisou’ em Setúbal, repetindo o sucesso alcançado em 2017, desta feita com o tempo de 1:55.58 horas, à frente do italiano Sanzullo (1:56.22) e do inglês Burnell (01:56.23).

“Senti-me muito bem desde o início da prova. Com o decorrer da corrida, senti-me bem e consegui assumir o comando na última volta", disse o húngaro Rasoszky.

Na competição feminina, o êxito sorriu à norte-americana Haley Andreson, que cumpriu os 10 quilómetros desta ‘maratona' de águas abertas em 2:05.19 horas. Haley repetiu a vitória obtida em 2012 nas águas do Sado.

A obrigatoriedade imposta pela Federação Internacional (FINA) do uso de fatos isotérmicos para temperaturas da água abaixo dos 18 graus provocou alguma contestação por parte da maioria dos atletas.

Foi o caso da norte-americana Haley Andreson, que, com este triunfo, assumiu a liderança da Taça do Mundo, numa altura em que ainda faltam quatro etapas para o epílogo da competição.

“O fato isotérmico afetou-me os ombros e a temperatura da água estava mais fria do que é costume em Setúbal”, sublinhou.

A campeã nacional Angélica André, que desistiu entre a terceira e a quarta voltas, estava bastante desanimada com a sua atuação, queixando-se precisamente do incómodo na utilização dos fatos.

“Senti dores nos ombros e optei por desistir, pois tenho mais uma competição importante na próxima semana, na quarta etapa do Taça do Mundo, no lago de Balaton, na Hungria", afirmou a nadadora do Clube Fluvial Portuense.

O português melhor classificado foi o jovem Tiago Campos, do Clube de Natação de Rio Maior, que concluiu a prova na 28.ª posição, com a marca de 58.36 minutos.

Já o campeão nacional Rafael Gil, nadador que representa o Sporting, estava profundamente desolado com a sua prestação.

"A prova correu-me muito mal. Ainda não me adaptei ao fato isotérmico", sublinhou Gil, que foi o 34.º classificado, com o tempo de 02:00.25 horas.

José Carvalho foi o 38º e último português, com o tempo de 02:04.22 horas.

Contas feitas, nenhum nadador português conseguiu cumprir o objetivo de garantir um lugar entre os 20 primeiros.