O bicampeão mundial de râguebi ao serviço da Nova Zelândia Sonny Bill Williams anunciou hoje a sua retirada definitiva dos relvados para se dedicar à sua carreira no boxe.
A controversa estrela dos ‘All Blacks’, de 35 anos, jogava atualmente no Sydney Roosters, do campeonato australiano de ‘Rugby League’, variante de râguebi disputada com 13 jogadores em cada equipa, na qual se iniciou na modalidade da bola oval, na sua cidade natal, em Auckland.
“Um grande obrigado ao público e aos fãs pelo apoio ao longo dos anos. Aos meus muitos companheiros de equipa, obrigado pelas lições e ajuda ao longo do caminho. O percurso não foi perfeito, mas ajudaram a tornar-me no homem que sou hoje”, escreveu ‘SBW’ na rede social Twitter.
‘Resgatado’ ao râguebi de 13 em 2008, a ‘peso de ouro’, pelo Toulon, clube da Liga profissional Top 14, de França, Williams viria a conquistar o Campeonato do Mundo em 2011 e 2015 ao serviço dos ‘All Blacks’, além do Rugby Championship 2017, o principal torneio de seleções do hemisfério sul.
Faria o seu último jogo pelos ‘All Blacks’ frente ao País de Gales, no encontro de atribuição dos terceiro e quarto lugares do Mundial de 2019, prova onde perdeu a titularidade na equipa para Anton Lienert-Brown.
Sonny Bill Williams envolveu-se também na variante de râguebi ‘sevens’ e participou nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, onde se lesionou logo no primeiro encontro.
No ano passado, o ex-selecionador da Nova Zelândia Steve Hansen afirmou que Williams era o melhor jogador com quem alguma vez tinha trabalhado, dizendo que “no plano desportivo, é um monstro da natureza”.
Os ‘All Blacks’ já reagiram à retirada do seu antigo jogador, que acumulou mais de uma centena de internacionalizações distribuídas pelas variantes de Rugby Union (15), Rugby League (13) e Rugby Sevens (07).
“Obrigado por tudo o que deste ao râguebi neozelandês e aos fãs de todo o mundo. Aproveita a tua retirada”, publicou a página dos ‘All Blacks’ no Twitter.
O jogador explicou, entretanto, que não pretende voltar a praticar desportos coletivos para poder dedicar-se à sua carreira no boxe, modalidade em já foi campeão de pesos pesados da Nova Zelândia e venceu os seus sete combates profissionais entre 2009 e 2015.
“Falei com o meu agente e disse-lhe ‘meu irmão, quero voltar para dentro do ringue’. Ainda tenho alguns anos pela frente”, revelou ao Channel Nine da Austrália o jogador que, em 2009, se converteu ao Islão.
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