O Belenenses preparou a final da Taça Ibérica de râguebi, que vai disputar no domingo, com “muita pressão”, para tentar conquistar o troféu pela primeira vez, à quarta tentativa, revelou hoje o treinador dos ‘azuis’ à agência Lusa.
A equipa do Restelo foi derrotada nas finais de 2003/04, com o El Salvador, 2018/19 e 2020/21 contra o VRAC, ambas já sob o comando técnico de João Mirra, que decidiu, este ano, mudar a abordagem na semana antes de defrontar os catalães do Santboiana.
“Uma coisa que mudámos foi que metemos muita pressão nos treinos, quase a ser até desagradável para os jogadores, para simular a pressão que vão ter durante o jogo. Não queremos cometer o mesmo erro da última vez, em que perdemos a nossa identidade”, revelou João Mirra.
É que, se na primeira final perdida pelo técnico, “o VRAC era claramente mais forte”, já na segunda o Belenenses “foi melhor mas não conseguiu finalizar” os ataques e “matar o jogo”.
“No primeiro, foi mérito do adversário. No segundo, claramente demérito nosso, responsabilidade minha. Agora vamos lá para ganhar”, atirou o técnico, ainda em Lisboa, na véspera de viajar para Barcelona.
A estratégia definida para este ano, de resto, vai deixar os azuis “mais bem preparados, desta vez, para tomar as melhores decisões” e derrotar um adversário que tem quatro troféus no seu historial, tantos quanto Benfica e Direito.
As equipas espanholas, no entanto, dominam a competição, com 26 títulos conquistados, contra apenas 16 das portuguesas, e arrecadaram o troféu de forma consecutiva nos últimos seis anos.
Uma realidade que “reflete o investimento feito no râguebi dos dois países, ao nível de clubes”, mas que João Mirra acredita que pode ser invertida este ano, num jogo que “é um claro 50/50, apesar do fator casa” favorável aos espanhóis.
“Podemos ser nós a inverter essa tendência dos últimos anos. Há três anos, a Agronomia também perdeu mal [27-28], em Lisboa. Mas isto reflete apenas o investimento que é feito ao nível dos clubes, não tem nada a ver com as seleções”, comentou.
O Belenenses viaja no sábado para Barcelona, dia em que cumpre o ‘Captain’s Run’ no relvado do Santboiana, na véspera de defrontar os campeões espanhóis na 43.ª edição da Taça Ibérica de râguebi.
O troféu disputa-se desde 1964/65 e teve algumas interrupções e alterações de formato pelo meio, mas coloca frente a frente, na maior parte das edições, os campeões nacionais de Portugal e Espanha numa final disputada em jogo único, alternadamente, no campo do finalista português ou espanhol.
O Belenenses procura o seu primeiro título ibérico, depois de ter perdido as finais de 2003/04 com o El Salvador (40-34), 2018/19 e 2020/21, ambas contra o VRAC (34-25 e 19-13, respetivamente).
Já o Santboiana, que venceu em 1987/88, 1989/90, 2005/06 e 2006/07, procura igualar os cinco títulos do El Salvador e ficar a apenas um do VRAC, recordista de troféus da Taça Ibérica, com seis.
A final disputa-se no domingo, no Estádio Baldiri Aleu, em Sant Boy de Llobregat, na Catalunha, Espanha, a partir das 12:00 locais (11:00 em Lisboa).
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