O argentino Juan Martin del Potro e a espanhola Anabel Medina Garrigues, o “Nadal do circuito feminino”, entram na 23.ª edição do Estoril Open em ténis, entre 30 de abril e 06 de maio, para um inédito “título duplo”.
Em 22 edições anteriores, embora só a partir da nona tenha começado o setor feminino, nunca os dois campeões revalidaram o título “emparelhados”, um cenário inédito que se conjuga com a primeira vez que dois jogadores portugueses entram diretamente no quadro masculino.
Rui Machado e Frederico Gil, inesperado finalista da edição de 2010, são os autores da proeza e prometem passar alguns dias no Jamor, embora o primeiro tenha começado a época só com derrotas, inferiorizado por uma lesão.
Em masculinos, outros três campeões do histórico do torneio português dão colorido ao cartaz deste ano: o argentino Juan Ignacio Chela (2004) e os espanhóis Juan Carlos Ferrero (2001), que chegou a liderar o “ranking” mundial, e Albert Montanes (2009 e 2010), “carrasco” de Gil há dois anos.
Para cativar a “rumaria” até ao Jamor estão outros dois franceses, Gael Monfils, um “residente” habitual entre a elite do “top-10”, e Richard Gasquet, finalista de 2007, ano da consagração do sérvio Novak Djokovic, o atual líder incontestável do “ranking” mundial.
Como apostas quase pessoais de João Lagos, o diretor do torneio que vai desempenhando o papel de “olheiro”, surgem o australiano Matthew Hebden, o holandês Robin Haase e o uzbeque Denis Istomin.
Hebden, o menos cotado deste trio (atual 72.º da nhirarquia), só tem títulos (dois) na variante de pares, mas este ano deu nas vistas no Masters 1000 de Indian Wells, onde passou o “qualifying” e chegou aos oitavos de final, deixando no caminho neste percurso o norte-americano Mardy Fish, o oitavo jogador do Mundo.
Quanto a Haase, que figura no 45.º posto do “ranking (já foi 40.º em outubro do ano passado), tem como melhor “medalha” o título conquistado em Kitzbuhel, em 2011, ano que assinalou o regresso do torneio austríaco do calendário do circuito, após três anos de ausência.
Para “apimentar” ainda mais o interesse na possível campanha de Haase em Portugal está o percurso do holandês no primeiro, e até agora único, Masters 1000 deste ano em terra batida, em Monte Carlo, onde o holandês foi travado apenas nos quartos de final, por Djokovic.
Finalmente, Istomin, número 44, também andou pelo grupo restrito dos melhores 40 do Mundo (39.º em agosto de 2010), mas nunca conquistou um troféu do circuito principal, apesar das duas finais que já disputou, em New Haven (2010) e San Jose, já este ano.
Também já esta temporada, no início do ano, chegou às meias-finais em Sidney e no Masters 1000 de Indian Wells alcançou os “oitavos”, onde foi afastado por... Del Potro.
Em femininos, Garrigues, uma das maiores especialistas em terra batida, assume-se como grande candidata à revalidação do título e a igualar um feito que só outra jogadora conseguiu, a compatriota Magui Serna, a única bicampeã do Estoril Open (2002 e 2003).
Mas outros nomes, como os das russas Nadia Petrova, antiga número três do Mundo, e Maria Kirilenko, campeã no Estoril Open em 2008, oferecem à 23.ª edição um dos quadros mais fortes de sempre.
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