Dominic Thiem saiu desolado do Estoril Open na sexta-feira, depois de ser eliminado nos quartos de final por Quentin Halys, reconhecendo ainda estar “inconsistente” e ter dificuldades em defrontar tenistas mais rodados no circuito ATP.
“Estou bem fisicamente, está tudo bem com o corpo. O que aconteceu foi que baixei um pouco o nível em relação a ontem [quinta-feira]. Tudo foi um bocadinho pior do que ontem. Estes tipos são tão bons que usam-no a seu favor. Tive a sensação de que ele estava a jogar muito bem, a servir bem, a atacar as bolas cedo. Não foi suficiente hoje. Na generalidade, ainda sou inconsistente”, analisou o antigo número três mundial.
Um dos grandes favoritos do público no Clube de Ténis do Estoril, o campeão de 2020 do Open dos Estados Unidos e duas vezes finalista de Roland Garros (2018 e 2019) perdeu com Halys por 6-1 e 6-4, em um hora e 19 minutos, uma derrota ‘pesada’ frente a um tenista que nunca se tinha apurado para as meias-finais de um torneio ATP.
“Neste momento, como os outros tipos estão a jogar, como ele está a jogar… é difícil. […] Quando não me sinto bem, quando a minha bola não está a causar danos, não chega para este tipo de adversários no circuito ATP neste momento”, concedeu.
Thiem lesionou-se no pulso direito no torneio de Maiorca, em meados de junho de 2021, e esteve longos meses afastado dos ‘courts’, adiando sucessivamente o regresso à competição, até finalmente voltar no challenger de Marbella, no final de março de 2022.
Desde então, o austríaco não se reencontrou com o seu ténis, um facto que hoje o próprio reconheceu.
“Foi a primeira vez em sete meses que ganhei dois encontros consecutivos, o que não é uma boa estatística. No geral, foi uma boa semana. Hoje, perdi 6-1 e 6-4, o que não é bom, especialmente em terra batida. Tenho de trabalhar. Pelo menos sei porque perdi tão facilmente em dois sets. É tempo de ultrapassar isto e pensar em Monte Carlo”, disse o 111.º jogador mundial, que no ano passado chegou às meias-finais em Antuérpia, Gijón e Gstaad.
Quem beneficiou da pior exibição de Thiem neste Estoril Open foi Halys, muito consistente ao longo de todo o torneio.
“Pensei que joguei bastante bem e talvez ele não tenha jogado tão bem, mas estou superfeliz com a forma como estou a jogar. Fui muito agressivo. Não foi o meu melhor dia a servir, mas ainda assim tive jogos bastante fáceis”, avaliou o francês.
Halys, que eliminou Nuno Borges na primeira ronda, defendeu que está “a fazer um grande torneio, e ainda não acabou”.
“Mas estou bastante satisfeito com a evolução do meu ténis, está a melhorar. É um dia especial para mim. Sinto que ainda posso melhorar amanhã [sábado] e fazer coisas melhores”, admitiu, referindo-se ao facto de estar apurado pela primeira vez para uma semifinal no circuito ATP.
O 80.º classificado da hierarquia mundial “gostaria que o quadro fosse mais fácil” para poder ganhar o torneio, “mas não é”.
“[Sábado], terei de estar a um nível elevado, sobretudo por ser em terra batida. Será um bom encontro para ver qual é o meu nível em terra. Penso que tenho argumentos para bater um dos dois, eles jogam parecido”, prognosticou.
Halys falava antes de conhecer o seu adversário nas ‘meias’, uma vez que o norueguês Casper Ruud, número cinco do mundo, e o argentino Sebastián Báez, campeão em título, ainda jogavam quando deu declarações aos jornalistas.
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