Na sua estreia na edição deste ano do Millennium Estoril Open, João Sousa venceu em três sets o australiano Alexei Popyrin, pelos parciais de 6-4, 2-6 e 6-2, ao cabo de duas horas e 12 minutos.

No final do encontro, o tenista vimaranense analisou a partida e, em resposta ao SAPO Desporto, revelou qual o ponto de viragem do jogo. "Um dos pontos altos do jogo aconteceu logo no primeiro set. Foi conseguir dar a volta, foram os momentos em que eu consegui anular os break points que o Alexei teve e conseguir fazer o jogo a meu favor. Sinto-me muito cansado, mas ao mesmo tempo contente depois desta boa vitória", admitiu João Sousa.

O jogo

"Houve um nervosismo acrescido que esteve bastante presente, mas consegui lidar bem com a situação. O Alexei é um jogador muito bom que vinha do Qualifying, com mais ritmo competitivo e que tinha vindo a fazer bons torneios desde o início do ano. Sabia que ia ser difícil, mas o apoio dos adeptos foi fantástico, nunca deixaram de me apoiar mesmo quando estava a perder.

O público ajudou-me muito a manter-me focado e a querer jogar a um bom nível. Acho que todas essas coisas fizeram com que eu conseguisse lidar bem com esta situação de nervosismo inicial."

Confiança

"Revalidar o título é uma expressão muito forte, mas estou preparado para a próxima ronda. Espero um encontro difícil, mas não faz sentido falar já em revalidar o título. Tenho de descansar e pensar no jogo de amanhã."

Problemas físicos

"Não tinha, mas também não tinha força para que a minha bola andasse. Foi preciso tirar essa frustração de cima e no terceiro set consegui dar a volta. Agora estou contente porque consegui jogar a um bom nível."

O que tem a provar 

"Nem o ano passado nem nunca tive de mostrar nada a ninguém. Jogo para mim, para ultrapassar todas as minhas metas e atingir os meus objetivos. Mas há um acumular de situações mentais, que fazem um jogador a jogar em casa ficar nervoso. O Rafael Nadal uma vez falou comigo sobre isso, e admitiu que é muito difícil jogar em casa. Há jogadores que nunca jogam bem em casa, é uma coisa normal entre os atletas.

Acho que o nervosismo aqui não é por haver só um torneio em Portugal, são situações de jogar em casa, mas não por ser a única oportunidade de poder vencer. Eu não penso muito nisso."

Especialista em bater jovens

"A verdade é que tenho tido alguma sorte no confronto direto, espero poder continuar assim. Certamente o Alexei vai fazer grandes resultados nos próximos anos, é um grandíssimo jogador, serve muito bem e domina muito bem o ponto. Fiquei surpreendido porque ele é muito bom a defender e é um falso lento. É um jogador muito completo e vai fazer grandes resultados. Mostrei alguma frustração para a minha equipa, mas são coisas que não têm muita razão de ser, é uma tentativa de arranjar soluções."

Goffin, o próximo adversário

"Estou contente com o meu nível, sei que posso jogar a um melhor nível, mas acho que hoje joguei a bem e não acho que tenha de melhorar para enfrentar o Goffin. Já o encontrei muitas vezes por isso sei que vai ser um encontro difícil"