João Sousa acusou hoje a Federação Portuguesa de Ténis (FPT) de não estar a fazer o trabalho de casa relativamente à atribuição das bolsas de preparação olímpica, algo que o presidente diz estar a ser tratado.
“Eu acho que a federação não faz o trabalho de casa, que é fazer a candidatura bem feita dos atletas que eles acham que têm possibilidade de ir aos Jogos Olímpicos”, defendeu o melhor tenista português de sempre.
No entanto, em conversa com os jornalistas à margem do 25.º Portugal Open, o presidente da FPT mostrou-se confiante de que João Sousa vai receber uma bolsa de preparação olímpica.
“Já tivemos uma reunião com o Comité Olímpico de Portugal [COP] há um mês, penso que o João [Sousa] será abrangido”, revelou, repetindo que os critérios não são da responsabilidade da federação, mas sim do organismo olímpico, e que deverão ser apresentados nas próximas duas semanas.
De acordo com Vasco Costa, “o critério que está em cima da mesa é estar nos 16 primeiros dos Jogos Olímpicos”, o que será calculado com uma média dos rankings dos jogadores que atingiram os oitavos de final do torneio olímpico nas três últimas edições, ou seja, em Atenas2004, Pequim2008 e Londres2012.
João Sousa acrescentou ainda que “as pessoas que fazem o critério não têm noção do que é poder estar no ‘top-40’”.
“Ser ‘top-100’ já é uma tarefa muito difícil. A nível nacional, já tivemos vários jogadores no ‘top-100’, mas neste momento só temos a mim [40.º], infelizmente. Creio que vamos ter mais no futuro, mas, independentemente disso, acho que o comité tem de olhar para a tabela e ver quais são os portugueses... eu diria: ‘ok, temos dez jogadores no top-100, portanto o critério vai ser top 28’. Aí conseguia perceber”, defendeu.
O número um português lembrou que nunca recebeu qualquer apoio de ninguém. “Se houver alguma coisa, ótimo”, completou.
A última vez que o ténis português esteve representado nos Jogos Olímpicos no torneio de singulares foi em Barcelona1992, por Bernardo Mota, que fez dupla com Nuno Marques na última participação olímpica, em Sydney2000.
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