Num Complexo Desportivo do Monte Aventino lotado, o vimaranense de 34 anos, de volta a uma final 15 meses depois, ainda venceu o primeiro set, mas saiu derrotado frente ao 153.º jogador mundial, pelos parciais de 7-5, 4-6 e 1-6, em duas horas e 15 minutos.
O antigo número um nacional, que procurava ganhar o seu primeiro título no circuito challenger desde que venceu em ‘casa’, em Guimarães, em 2013, começou mal, sofrendo o ‘break’ logo no primeiro jogo do encontro, mas soube reagir devolvendo a quebra de serviço no sexto jogo.
Mais experiente do que o jovem aniversariante do dia – Nardi cumpre hoje 20 anos – e com o público a seu favor, o jogador luso acabaria por conquistar o primeiro parcial, quebrando o serviço do italiano quando este servia para igualar 6-6.
No entanto, voltaria a entrar em falso no segundo set, sofrendo dois ‘breaks’ nos seus primeiros jogos de serviço e, apesar de ter tido três ‘break-points’ no 10.º jogo, não conseguiu impedir que Nardi fechasse ao terceiro ‘set point’ de que dispôs.
Visivelmente cansado, o vimaranense acusou o desgaste físico no set decisivo, não escondendo a desilusão por não ter erguido o troféu diante do público que tanto o apoiou.
O Porto Open marcou o regresso à competição de João Sousa, atualmente na 352.ª posição do ranking mundial, depois de ter anunciado, no início de junho, uma paragem na carreira para recuperar de uma lesão nas costas.
Único tenista português a vencer torneios ATP em singulares, Sousa tem enfrentado dificuldades nos últimos meses, com a sua última vitória antes da caminhada até à final do Porto Open a remontar ao início de abril, mais concretamente à primeira ronda do Estoril Open, em que foi campeão em 2018.
O vimaranense ostenta vários recordes nacionais no currículo, entre os quais a melhor classificação de sempre de um luso no ranking ATP (28.º), o maior número de internacionalizações na Taça Davis (32) e também o estatuto de único português a ter disputado os quadros de singulares de duas edições de Jogos Olímpicos (Rio2016 e Tóquio2020).
Campeão em Kuala Lumpur (2013), Valência (2015), Estoril (2018) e Pune (2022), Sousa, que passou oito anos ininterruptos no top 100 mundial (até março de 2021), viu o seu sólido percurso perturbado por uma grave lesão no pé esquerdo no final de 2019.
Comentários