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A prova portuguesa começa no sábado, 26 de abril, e termina a 4 de maio.
João Lagos confessou esta quinta-feira que a 25.ª edição do Portugal Open em ténis é “a possível” e admitiu que dificilmente haverá um substituto à altura do suíço Stanislas Wawrinka, campeão de 2013 que anunciou hoje a sua desistência.
“Não será fácil conseguir alguém que o substitua”, começou por dizer o diretor do Portugal Open à agência Lusa, reconhecendo que a ausência do campeão do ano passado, que é simultaneamente o melhor jogador do mundo “neste momento”, representa uma grande tristeza para as “bodas de prata” do torneio.
João Lagos garantiu estar a trabalhar para encontrar um jogador de qualidade semelhante ao vencedor do Open da Austrália deste ano, mas destacou que consegui-lo será quase impossível.
“Ainda tenho 48 horas e alguma esperança, no entanto, temos de admitir que não é fácil. Foi um milagre o que conseguimos no ano passado, devido ao azar do [Juan Martin] Del Potro. O milagre do ano passado de conseguir um jogador como o [David] Ferrer de um dia para o outro não é evidente. Estamos no terreno, à procura de o poder substituir. Mas temos de encarar a possibilidade de não o conseguir e temos de viver com os grandes jogadores que temos”, completou.
Para o diretor do maior evento do ténis português, “certamente” que o espetáculo vai estar presente no Jamor, “independentemente de quem forem os protagonistas”, sendo João Sousa o principal motivo de interesse para o público, que terá a expetativa de o ver vencer.
“Tem toda a condição e qualidade para isso. É evidente que, ao jogar em casa, diante do seu público, há jogadores que em vez de se empolgarem sentem a pressão e pode até acontecer que joguem ligeiramente abaixo das suas possibilidades. Contamos que, no caso do João Sousa, ele vai-se sentir empolgado diante do seu público e vai ter a reação que pretendemos: que cresça em vez de sentir a pressão”, disse.
João Lagos recusou adiantar quem serão os tenistas presentados com convites para a 25.ª edição, cujo quadro principal tem início na segunda-feira.
“Revelo isso muito mais em cima. Decido muitas vezes no último instante e esse último instante é amanhã [sexta-feira] ao final do dia, por volta das 21h00. Nessa altura é que terá de estar tudo decidido”, assumiu.
No entanto, o responsável pelo torneio garantiu “sem dúvida nenhuma” que, pelo menos, um wild-card, “ou até mesmo dois ou três” podem ir parar a jogadores portugueses.
“Os ‘wild-cards’ são privilegiadamente para jogadores portugueses e só um grande nome pode roubar a um português um dos três ‘wild-cards’”, acrescentou.
Apesar deste ser apenas “o Open possível” – “Gostaria de muito mais, cheguei a sonhar com muito mais” -, João Lagos assegurou à Lusa que estará tudo pronto a tempo.
“Há inúmeros aspetos da organização do evento que estão mais adiantados do que o costume, portanto tudo vai estar pronto a tempo e horas. Há algum receio ao nível das bancadas”, reconheceu, apontando os “courts” secundários como aqueles que levantam mais preocupações.
Mas, João Lagos está “convencido” que com uma sobrecarga de trabalho tudo estará pronto a tempo e horas.
“Em grande medida, é possível que seja um recorde que esteja tudo pronto com umas horas de antecedência”, concluiu.
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