O tenista espanhol Rafael Nadal duvida que um “grande torneio possa ser disputado a curto ou médio prazo”, devido à pandemia do novo coronavírus, que parou, de uma forma geral, todo o desporto.
“O ténis é um desporto mundial, vamos de país para país e temos que mobilizar muita gente. Parece-me difícil que um grande torneio possa ser disputado a curto ou médio prazo”, disse Rafael Nadal, durante uma emissão especial difundida na noite de quarta-feira pelas rádios Onda Cero e Cope.
O ténis está completamente parado desde o início de março e após o anúncio do adiamento de Roland Garros para finais de setembro, os promotores de Wimbledon preferiram cancelar a edição de 2020, agendada para decorrer entre 29 de junho e 12 de julho.
Rafael Nadal, de 33 anos, número dois do ‘ranking’ ATP, vencedor de 19 Grand Slam, 12 dois quais na terra batida de Roland Garros, também acha “muito difícil” retomar a competição de portas fechadas, como prevê o futebol, por muita vontade que tivesse de o poder fazer.
Na semana passada, o diretor do circuito profissional masculino (ATP), Andrea Gaudenzi, disse que esperava poder retomar a temporada em agosto, a fim de salvar três ‘Grand Slam’ e seis Masters 1000, apesar de diferentes cenários permanecerem em estudo, incluindo a paragem até ao próximo ano.
Para Nadal, a prioridade atual é combater a pandemia porque “muitas pessoas estão a viver uma situação terrível”.
“Atualmente, o ténis está longe de ser a minha prioridade”, assegurou o jogador, que em março lançou uma campanha, juntamente com o seu compatriota basquetebolista Pau Gasol, para angariar dinheiro para a Cruz Vermelha.
“A nossa meta é atingir os 11 milhões de euros e já estamos em sete milhões”, afirmou Nadal.
O sérvio Novak Djokovic, de 32 anos, número um do ‘ranking’ ATP, também disse no programa que jogar sem público “não é uma decisão fácil”.
“Estou preparado, mas acho que temos que esperar alguns meses”, acrescentou Novak Djokovic, vencedor do último torneio ‘Grand Slam’, o Open da Austrália, no início de fevereiro.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 133 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 436 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, de acordo com os números revelados na quarta-feira, morreram 599 pessoas das 18.091 registadas como infetadas.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (28.326) e mais casos de infeção confirmados (637 mil).
Seguem-se Itália (21.645 mortos, em 165.155 casos), Espanha (18.579 mortos, 177.633 casos), França (17.167 mortos, 147.863 casos) e Reino Unido (12.868 mortos, 98.476 casos).
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