A organização de Roland Garros eliminou o consumo de álcool no complexo e reforçou a intervenção dos árbitros nas partidas de ténis devido aos recentes “comportamentos inadequados” dos adeptos nas bancadas, anunciou hoje a diretora Amélie Mauresmo.

Durante as primeiras jornadas do segundo Grand Slam da temporada, os tenistas David Goffin e Iga Swiatek, número um mundial e três vezes campeã na terra batida parisiense, queixaram-se de incidentes com espetadores durante os respetivos encontros, incluindo ofensas verbais e o lançamento de pastilhas elásticas.

“Ficamos felizes em ver que existe ambiente, emoções e que os espetadores estão presentes. Mas seremos intransigentes no respeito pelos jogadores e no respeito ao jogo. Se houver o menor comportamento além do limite, haverá intervenção”, disse Mauresmo, ex-tenista francesa, em conferência de imprensa.

Por isso mesmo, Roland Garros impediu a existência de bebidas alcoólicas em todo o complexo parisiense e também uma maior intervenção por parte dos próprios árbitros, que têm o ‘poder’ de controlar o público.

“Qualquer pessoa que ultrapasse o limite, será retirada do recinto”, frisou Mauresmo, antiga número um mundial, em 2004.

A polaca Iga Swiatek, durante uma partida com a japonesa Naomi Osaka, ‘atirou-se’ ao público devido ao constante ruído, acabando depois por receber alegados insultos verbais, enquanto o belga Goffin contou que foi atingido com pastilhas elásticas vindas dos adeptos durante o duelo com o francês Giovanni Mpetshi-Perricard.

Goffin comparou mesmo o comportamento do público a uma partida de futebol.

O relato dos dois jogadores acabou por receber o apoio de muitos dos jogadores e jogadoras de ambos os circuitos (ATP e WTA), situação que terá levado a organização de Roland Garros a intervir.