O tenista português Pedro Sousa despediu-se esta segunda-feira do Estoril Open com "um sabor amargo" por não ter chegado ao quadro principal, mas ainda assim contente pelo nível exibido depois da longa paragem por lesão.
"Não joguei tão bem como ontem [domingo], estava mais cansado e nervoso, mesmo assim tive hipóteses, mas no final dos ‘sets’ ele esteve melhor e isso é que fez a diferença", reconheceu o 986.º tenista mundial, que perdeu com o francês Constant Lestienne, por 7-5 e 7-6 (7-3).
Depois de uma longa maratona na véspera, com o semifinalista do último Portugal Open, o romeno Victor Hanescu, Pedro Sousa entrou ‘frio’, sofrendo um ‘break’ logo de entrada, no 'court' 2 do Clube de Ténis do Estoril, em Cascais.
Mas, diante de uma bancada recheada de rostos emblemáticos do ténis português – desde o selecionador da Taça Davis, Nuno Marques, a João Cunha e Silva e Bernardo Mota, sem esquecer Rui Machado -, o tenista de 26 anos mostrou querer muito o quadro principal do Estoril Open, conseguindo o ‘contra-break’ para igualar 3-3.
O jogo bonito de Sousa evidenciou-se, numa sucessão de ‘amorties’, com o português a manter Constant Lestienne à distância até o marcador indicar 5-5. Aí, desconcentrado, cometeu três erros, conseguindo salvar três pontos para quebra de serviço, antes de entregar o seu serviço.
O francês não desperdiçou a oportunidade e confirmou a vitória no primeiro ‘set’ no seu serviço, fechando com 7-5.
O segundo parcial foi uma repetição do primeiro, com ambos os jogadores a conseguirem converter quatro ‘break-points’, levando a decisão ao ‘tie-break’.
O quinto cabeça de série do ‘qualifying’ (número 319 do mundo) foi mais consistente em todos os momentos decisivos, impondo-se por 7-3 para terminar o encontro em uma hora e 24 minutos e avançar para o quadro principal do único torneio ATP disputado em Portugal.
"O balanço até é positivo. Fica um sabor amargo de ter perdido hoje. Já não jogava num torneio desta dimensão há muito tempo. Ontem joguei muito bem, hoje não joguei mal, estou contente com a minha recuperação", assumiu.
A jogar com ‘ranking’ protegido, devido a uma grave lesão no pulso esquerdo que, depois da segunda operação, o afastou dos ‘courts’ durante cinco meses, Sousa sente-se bem e defende que a sua esquerda "está impecável".
Agora, com os pares ainda no seu horizonte no Estoril Open, o lisboeta terá de avaliar “umas dores no ombro do braço direito” para definir o seu calendário, garantindo, contudo, que vai competir no ‘qualy’ de Roland Garros e no do Open dos Estados Unidos, aproveitando a ‘cláusula’ de ‘ranking’ protegido que permite a tenistas com lesões prolongadas entrarem nos ‘Grand Slam’ com a posição que ocupavam antes de pararem.
Comentários