
O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Reinaldo Teixeira, afirmou hoje que será feita uma reflexão sobre os quadros competitivos, considerando a medida importante para o dossiê da centralização dos direitos audiovisuais.
“Vamos refletir sobre o quadro competitivo, tentando perceber se se mantém o atual ou se sofre alterações. Há estudos em curso e um grupo de trabalho que está a ponderar hipóteses. Iremos, depois, colocar à apreciação das sociedades desportivas, num processo o mais transparente possível”, disse o dirigente.
Reinaldo Teixeira, que abordou o tema à margem da inauguração de um minicampo de futebol aberto à comunidade, em Vila do Conde, distrito do Porto, fruto da parceria da Missão Continente e da Fundação do Futebol, atualizou o andamento do processo da centralização.
“Ainda não há uma chave de distribuição, nem um dossiê fechado para entregar à Autoridade da Concorrência até junho de 2026. Mas já foram feitos muitos estudos, muita reflexão. Agora compete-nos executar. Quando tivermos o dossiê fechado, para ir ao mercado e encontrar um parceiro certo para os direitos audiovisuais, é importante sabermos que modelo competitivo teremos, se será o atual ou outro”, completou.
O líder da LPFP vincou que estes temas devem ser tratados “com franqueza e transparência” e considerou que o Mundial de Clubes, onde vão participar Benfica e FC Porto, pode ser “uma boa montra” da qualidade do futebol português.
“Tudo o que sejam boas práticas, bons exemplos e campeonatos competitivos, como tivemos este ano, promove e valoriza os clubes, os jogadores, os treinadores e os dirigentes. O Mundial de Clubes é uma montra para divulgarmos o nosso futebol, nomeadamente o talento que conseguimos gerar”, disse.
Reinaldo Teixeira abordou ainda o play-off de acesso ao principal escalão nacional, que começa a ser disputado este sábado, entre o AVS, da I Liga, e o Vizela, da II Liga, esperando que os jogos “promovam o futebol com festa, ética e respeito”.
“São duas equipas vizinhas, esperamos um estádio bem composto, com duas direções que são exemplares e comprometidas com os valores do desporto. Que ganhe o melhor. Naturalmente gostaríamos que pudessem ganhar os dois, mas não é possível. Saber perder é uma honra, saber vencer é uma virtude. São os valores que queremos reforçar”, disse o dirigente.
Sobre a inauguração do espaço desportivo em Vila do Conde, o quarto de um projeto de 32 minicampos, que esta parceria entre a LPFP e a marca Continente quer promover no país, Reinaldo Teixeira falou em “momento marcante” e que espera ver alargado a ainda mais regiões.
“Já falámos com a Missão Continente, e com o seu representante, sobre um projeto mais ambicioso, transversal a todo o país. Queremos chegar a mais territórios, a mais freguesias, a mais concelhos, tanto no continente como nas ilhas”, disse.
José Fortunato, da Missão Continente, frisou as virtudes de um projeto “que interage com as comunidades de vários pontos do país, promovendo o desporto, hábitos de vida mais saudável e, sobretudo, momentos felizes”.
“A adesão que temos visto a estes equipamentos tem excedido as nossas expectativas, e é uma enorme satisfação ver que tantas pessoas, nomeadamente jovens, têm usufruído destes espaços. Talvez consigamos alargar o projeto”, disse o responsável.
Já o presidente da Câmara de Vila do Conde, que lembrou a quantidade de jogadores que foram revelados para o futebol nacional a partir da zona de Caxinas, considerou que espaços de futebol de rua como este podem ajudar a dar sequência aos talentos locais.
“Este equipamento, como outros que temos no concelho, é um exemplo que dará grandes frutos, porque vai envolver a comunidade e permitir que muitos mais jovens possam praticar desporto e serem felizes, com uma importante missão social e de integração”, concluiu Vítor Costa.
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