O ténis vive uma era dominada quase exclusivamente por Carlos Alcaraz e Jannik Sinner e, em vésperas de Roland Garros, estes são os principais candidatos ao triunfo em Paris, onde Novak Djokovic procurará o 25.º Major da carreira.

Desde a retirada de Rafael Nadal, que no domingo será homenageado pela organização do torneio graças aos 14 troféus conquistados no Philippe Chatrier, que o espanhol Alcaraz herdou naturalmente o favoritismo do compatriota na terra batida parisiense, onde este ano defende o estatuto de campeão em título, entre 25 de maio e 08 de junho.

Detentor de quatro títulos do Grand Slam (US Open de 2022, Wimbledon 2023 e 2024 e Roland Garros 2024) e 19 ATP, o tenista de Múrcia regressa este ano ao segundo Major da temporada, após a preparação possível no pó de tijolo, com vitórias nos Masters 1.000 de Monte Carlo e de Roma, onde bateu inclusivamente Jannik Sinner na final, recuperando assim o segundo lugar no ranking mundial.

“Vir a Roma e vencer da maneira como o fiz deixa-me muito contente e dá-me muita confiança para Paris”, confessou Alcaraz, regressado à competição depois de ter contraído, em abril, uma lesão no adutor direito que o obrigou a desistir da final do ATP 500 de Barcelona e a abdicar do Masters 1.000 de Madrid.

Recuperado, segundo garante, o espanhol de 22 anos terá no número um mundial, o italiano Sinner, teoricamente o maior rival, também este de volta aos ‘courts’ ao fim de três meses a cumprir uma sanção imposta pela Agência Mundial de Antidopagem, por ter acusado positivo num controlo em Indian Wells, em 2024.

Ao contrário de Carlos Alcaraz, que na temporada europeia de terra batida só perdeu um em 16 encontros, o bicampeão do Open da Austrália (2024 e 2025) e vencedor do Open dos Estados Unidos, em 2024, tem como melhor resultado em Paris, em cinco edições, a presença nas meias-finais, fase da prova em que há um ano perdeu diante do murciano, em cinco sets.

Esta época, o transalpino de 23 anos só jogou dois torneios. Revalidou o título do Open da Austrália e atingiu a final em Roma, dando bons indícios para França, onde tentará erguer o seu segundo título da carreira em terra batida, depois do triunfo em Umag, em 2022, precisamente numa final disputada com Alcaraz, a quem ganhou apenas quatro vezes em 11 confrontos diretos.

Na ausência de Sinner, dono igualmente de 19 títulos ATP, todos os restantes grandes torneios (Masters 1.000) foram arrecadados por diferentes tenistas, Jack Draper em Indian Wells, Jakub Mensik em Miami e Casper Ruud em Madrid, o que abre boas perspetivas a estes jogadores de chegaram longe em Paris.

Tal como o alemão Alexander Zverev (3.º ATP), finalista há um ano no Philippe Chatrier, depois de três anos consecutivos a ficar pelas meias-finais, o sérvio Novak Djokovic, que celebrou o 38.º aniversário esta quinta-feira, é um forte e sempre perigoso candidato a ‘estragar’ os planos dos jovens Sinner e Alcaraz.

O antigo número um do mundo, atualmente na sexta posição do ranking, ainda não conquistou qualquer torneio esta temporada, tendo perdido a final de Miami para o checo Mensik, mas confessa alimentar uma motivação especial para Roland Garros, Major que venceu em três ocasiões (2016, 2021 e 2023), num total de sete finais.

“Continuo com o desejo de ganhar torneios do Grand Slam e estar entre os melhores do mundo. É por isso que jogo, para procurar troféus, para chegar em plena forma antes de Roland Garros e para desafiar os melhores do mundo”, frisou o tenista de Belgrado, à procura de ampliar o recorde de 24 títulos do Grand Slam.

Na competição feminina da 124.ª edição do Major francês, dotado do mais alto prize-money de sempre com 56.352.000 milhões de euros em jogo, a polaca Iga Swiatek vai tentar estender o seu domínio na catedral da terra batida parisiense, onde venceu nos últimos quatro anos, mas, desta vez, terá uma missão mais difícil.

Tendo em conta a descida ao quinto lugar na hierarquia mundial, Swiatek poderá enfrentar nos quartos de final da prova a italiana Jasmine Paolini (4.ª WTA), recente campeã em Roma e finalista em Paris no ano passado, e nas meias-finais a bielorrussa Aryna Sabalenka, líder do ranking WTA.