O tenista português Nuno Borges lamentou hoje ter ficado “muito aquém do que queria estar” frente ao argentino Diego Schwartzman, com quem perdeu na segunda ronda de Roland Garros, segundo torneio do Grand Slam da temporada.

“Apresentei-me em condições físicas que não estava à espera. É verdade que não joguei tantos encontros à melhor de cinco sets e achei que ia recuperar melhor do que recuperei. E, de certa maneira, fui desacreditando que podia ganhar. Não estive à altura do desafio e tenho de pensar no que poderia ter feito melhor, mas acho que tem a ver com a preparação que tem de ser melhor para a próxima”, avaliou o jogador português.

Depois de bater em cinco partidas o norte-americano John Isner na jornada inaugural, Nuno Borges, número um nacional e 80.º classificado no ranking ATP, foi eliminado hoje por ‘El Peque’, ex-top 10 mundial e atual 95.º classificado, por 7-6 (7-3), 6-4 e 6-3, ao fim de duas horas e 32 minutos.

“Poderia ter arrancado melhor no primeiro set, em que estive por cima, mas houve muitos altos e baixos no meu jogo, muitas vezes perdi-me. Muito calor e eu a ver a coisa a complicar-se. Até recuperei bastante bem das dores musculares, tive dois dias leves sem treinar muito. Queria estar a 100% para hoje, mas não consegui. Fiquei muito aquém do que queria estar numa ronda destas, num torneio destes”, confessou.

O jovem maiato, de 26 anos, havia derrotado Schwartzan na abertura do challenger de Phoenix, em março, mas em Paris encontrou um adversário diferente e com outras armas em terra batida, onde já conquistou três títulos ATP, foi duas vezes quarto finalista (2018 e 2021) e uma vez semifinalista (2020) no major francês.

“O Diego em terra é um bocadinho diferente, mas as condições até estavam boas, nem estavam muito lentas. Estas bolas não são as mais rápidas, mas aguentam bem nas jogadas longas. Não servi bem e ele, de fundo do campo, estava confortável. Os padrões dele não magoam muito, mas durante o encontro começam a pesar cada vez mais. Fui cometendo cada vez mais erros e ficando fisicamente cada vez menos disponível. Ele aproveitou bem essa situação”, explicou Borges.

Apesar da despedida na segunda ronda de um quadro de singulares que fica assim sem representantes portugueses, o português faz um balanço positivo da época até ao momento.

“Gostava de ter feito meias-finais, ganhar encontros e ganhar confiança em challengers, porque ganhar encontros dá confiança. Aqui todos os encontros são finais. Contra o [John] Isner, não estava a pensar no encontro seguinte, dei tudo o que tinha e paguei o preço, mas foi uma época de terra positiva. Consegui muito boas vitórias, sinto que o meu nível está a melhorar, mas em Grand Slams sinto que ainda estou longe de estar preparado para ganhar um torneio destes”, rematou Nuno Borges.

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