O “skipper” britânico Ian Walker disse que a primeira vitória em etapas oceânicas na Volvo Ocean Race em vela não poderia ter acontecido em melhor cenário do que Lisboa, onde se sente em “casa”.
«Começámos bem esta etapa. Ganhámos a ‘in-port’ em Miami, que sempre foi um talismã para mim, mas Lisboa sempre foi a nossa casa. Estivemos a treinar aqui em Cascais durante seis ou sete semanas no verão. Passámos um tempo fantástico em Cascais. Velejámos no rio muitas vezes para preparar exatamente este momento e tudo isso ajudou», afirmou Walker ainda a bordo do Abu Dhabi, logo após chegar à Doca de Pedrouços, em Lisboa.
Walker lembrou que nunca havia conquistado uma regata oceânica em duas participações na Volvo Ocean Race, embora na presente edição tenha já vencido as regatas costeiras de Alicante, Abu Dhabi e Miami.
«Esta é a minha segunda Volvo Ocean Race. Já fiz umas 70.000 milhas e nunca ganhei uma etapa. E 70.000 milhas é muita coisa. Vencer uma etapa era um dos meus objetivos e de toda a equipa. Sinto-me muito bem», confessou.
A vitória acontece num momento importante para o Abu Dhabi Ocean Racing, dos Emirados Árabes Unidos, que apenas somou até ao momento 104 pontos e está provisoriamente na quinta e penúltima posição da tabela geral.
«Isto é muito importante para a equipa porque não estávamos a conseguir bons resultados nas etapas. Agora que ganhámos uma etapa, vale todo o esforço das pessoas que têm acompanhado a equipa. Acho que mostrámos que temos uma grande determinação nesta regata», sublinhou.
Apesar do triunfo, Ian Walker confessou que a chegada a Lisboa foi bastante difícil: «As últimas duas horas foram mais desgastantes do que toda a etapa junto. Eu perdi a voz, tive uma constipação terrível, não dormi ontem à noite e nas últimas horas quase não conseguia segurar no leme».
Um pouco mais atrás e ainda mais esfusiante do que Ian Walker estava Adil Khalid, o único tripulante dos Emirados Árabes Unidos, que não se cansava de agitar a bandeira do seu país.
«O Adil merece estar contente e a agitar a sua bandeira. Comportou-se como qualquer outro velejador que poderíamos ter no barco. Velejou muito bem, é um grande feito para ele e adoro vê-lo com a bandeira», rematou Walker.
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