A organização da escala em Lisboa da Volvo Ocean Race assumiu hoje a ambição de ser a melhor das dez paragens da edição de 2014/15 da regata oceânica, cuja passagem por Lisboa vai ocorrer entre 25 de maio e 07 de junho.
“Queremos fazer o maior e o melhor ‘stopover’ do evento”, sublinhou José Pedro Amaral, diretor da escala lisboeta, corroborando o objetivo traçado por Adolfo Rodriguez, que depois de ter coordenado a partida da regata em Alicante, em outubro de 2014, espera contar com cerca de 500 mil visitantes na capital portuguesa.
A 12.ª edição da Volvo Ocean Race, prova de circum-navegação antes designada regata Whitbread, teve início em Alicante, a 04 de outubro de 2014, e termina 38.739 milhas náuticas e nove etapas depois, em Gotemburgo, na Suécia, a 27 de junho.
Atualmente, seis equipas disputam a quarta etapa, entre Sanya, na China, e Auckland, na Nova Zelândia, a bordo dos VOR65 (monocascos de 20 metros), depois de um sétimo veleiro, o dinamarquês Vestas Wind, ter encalhado na ligação entre a Cidade do Cabo, na África do Sul, e Abu Dhabi.
O veleiro chinês Dongfeng, comandado pelo francês Charles Caudrelier, lidera a competição, apesar de as três primeiras etapas terem tido outros tantos vencedores.
“Esta é a competição mais longa da atualidade. Desde que deixaram Alicante, cada minuto conta para a competição e cada segundo vai ter influência no resultado final”, advertiu Adolfo Rodriguez, acrescentando que, com a harmonização de veleiros, esta vai ser a “edição mais humana de sempre”.
Na apresentação da escala lisboeta, foi assumida a “instabilidade” decorrente do desaparecimento do organizador do evento em 2012, a João Lagos Sports, agora substituída pela Urban Wind, que já assegurou a passagem pela capital lusa na edição de 2017/18.
“Eu acho que houve um período de alguma instabilidade, não vale a pena esconder, mas acho que foi rapidamente substituído por uma grande segurança”, frisou José Pedro Amaral, assumindo esperar que os mais de três milhões de euros (ME) de investimento se traduzam num retorno de aproximadamente 30 ME.
O responsável pela passagem por Portugal da regata, na Doca de Pedrouços, em Algés, disse esperar que os quase quatro milhões de euros (ME) investidos se traduzam num retorno de aproximadamente 30 ME, numa competição que até podia ter outro nome: “Chama-se Volvo Ocean Race, mas podia chamar-se Portugal, porque o seu percurso tem muitos dos mundos que demos ao mundo e muita da história que temos para contar”.
Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Paulo Vistas, recordou que João Lagos teve “o mérito de trazer esta prova para Portugal”, algo também referido pelo vice-presidente do município lisboeta, Fernando Medina, que realçou a “importância estratégica para o turismo”.
“Não podemos desperdiçar o que representa para nós a Volvo Ocean Race, que corporiza a nossa ligação ao mar – que é um dos poucos desígnios consensuais em Portugal. Estamos preparados para continuar e desenvolver esta ligação à Volvo Ocean Race. Não é um investimento para uma, duas ou três edições, é para mais”, rematou.
Comentários