
Max Verstappen afirmou que a saída de Christian Horner da liderança da Red Bull não tem impacto na sua decisão sobre o futuro.
Horner foi despedido três dias após o Grande Prémio da Grã-Bretanha e foi substituído pelo francês Laurent Mekies, antigo responsável da segunda equipa da Red Bull, a Racing Bulls. Questionado sobre o assunto, Verstappen referiu. "Não que vá ter impacto na minha saída. A única coisa que importa é que trabalhemos no carro para que seja mais competitivo."
O tetracampeão também deu a entender que poderá continuar na Red Bull para além desta temporada.
Verstappen tem contrato com a Red Bull até 2028, mas existem mecanismos no contrato que lhe permitem sair em determinadas circunstâncias, detalhes que não são públicos.
"O último ano e meio não foi aquilo que queríamos", admitiu o piloto de 27 anos. "Agora tentamos ser mais competitivos este ano, um pouco, mas com certeza também com as novas regras."
A Fórmula 1 prepara-se para introduzir novos regulamentos de chassis e motores em 2026, e acreditava-se dentro do paddock que a Mercedes estaria mais bem preparada para essas alterações, facto que poderia motivar a saída do piloto holandês.
Para além disso, a Red Bull tem perdido competitividade desde o ano passado: Verstappen conquistou o seu quarto título mundial consecutivo em 2024, mas venceu apenas duas vezes nas últimas 13 corridas dessa temporada.
A meio da época, Max ocupa o terceiro lugar no campeonato a 69 pontos do líder, Oscar Piastri (McLaren), com apenas duas vitórias em 12 Grandes Prémios. A Red Bull está em quarto lugar no campeonato de construtores, atrás de McLaren, Ferrari e Mercedes.
Quando questionado sobre a possibilidade de não estar a representar a Red Bull no próximo ano, Verstappen respondeu:
"Também há a possibilidade de eu não acordar amanhã. A vida é imprevisível. Mas, no geral, estou muito feliz onde estou, e espero continuar. Esse era ainda o objetivo definido quando assinámos o novo contrato.
Questionado sobre a saída de Horner, o piloto fala apenas numa mudança de orientação da marca. "A direção decidiu que queria orientar o navio numa direção diferente, provavelmente. E então todos os outros têm, claro, de aceitar isso e olhar em frente. E eu estou a olhar em frente. Tive já bastantes reuniões com o Laurent [Mekies, novo homem forte da Red Bull] também. Estas últimas duas semanas foram bastante intensas para ele ao assumir o cargo. Mas sim, não perdi o entusiasmo com a minha equipa, porque é isso que temos de fazer. Olhar para trás não faz sentido. Não te vai tornar mais rápido.”
Perante relatos de que a fábrica da Red Bull em Milton Keynes ficou em alvoroço perante a saída de Horner, Verstappen referiu.
(...) Acho que basicamente no dia a seguir ao anúncio, eu já estava na fábrica a fazer trabalho de simulador e voltamos ao trabalho. Temos de trabalhar na performance, ajustar o carro aqui, garantir que tudo está a correr da melhor forma possível", concluiu.
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