O piloto espanhol Marc Márquez (Honda) lamentou hoje o “azar” por ter visto a sua melhor volta cancelada na qualificação para o Grande Prémio de Portugal de MotoGP, quinta ronda do Mundial de Velocidade em motociclismo.
O antigo campeão mundial fez a sua melhor volta já na parte final da sessão, que lhe garantiria a 'pole position', mas o tempo do catalão acabou anulado por haver bandeiras amarelas no último setor da pista algarvia.
“Hoje, tive azar com a bandeira amarela. Esperei até aos últimos momentos [da sessão] para puxar e fazer a minha volta mais rápida porque sabia que a pista ia estar sempre a melhorar”, explicou o piloto, de 29 anos.
Contudo, Márquez diz saber que “estas coisas podem acontecer”.
“Hoje afetou a minha volta, amanhã [domingo] pode afetar outro piloto. O mais importante é que a velocidade está lá, mesmo se o resultado não, já que vou começar em nono”, apontou.
Márquez admitiu que este não é o resultado “que gostaria”, mas reconhece que “poderia ser pior”.
A instabilidade atmosférica que tem afetado a edição deste ano do GP de Portugal, com chuva nas sessões de treinos livres e piso seco na qualificação faz com que a sessão de 'warm-up' de domingo de manhã seja “muito importante”.
“É onde vamos tentar compreender o nível e perceber qual a melhor escolha de pneus e de afinação. Ninguém sabe ao certo quem é o mais rápido e o que vai acontecer com o piso seco”, frisou.
Já hoje, o piloto espanhol sofreu uma aparatosa queda na terceira sessão de treinos livres, depois de a sua Honda o ter projetado para o ar, aterrando de cabeça na curva sete do autódromo algarvio.
“Nenhuma queda é necessária”, frisou o piloto natural de Cervera, que se queixou de “algumas dores cervicais”.
Ainda assim, não se mostrou preocupado com a possibilidade de ter uma recaída da diplopia (visão dupla) que o fez perder os GPs da Indonésia e da Austrália.
“Quando decidi ir a Austin [na prova anterior], a primeira pergunta que fiz ao médico era sobre o que aconteceria se caísse e voltasse a bater com a cabeça, pois há esse risco. Mas é o mesmo se tivesse acontecido em Austin ou no próximo ano”, explicou, dizendo ter sido uma queda “mais normal” e “não como a da Indonésia”.
Hoje, Márquez bateu “com o capacete, que é para isso que serve”.
“Na Indonésia, levantei-me combalido e aqui peguei na mota e ainda cheguei às boxes. Surpreendeu-me que tenha vindo ter comigo o médico e me tenha feito três perguntas rápidas. Vi que me estava a examinar e respondi. Na Indonésia perguntaram-me em que velocidade ia e outras coisas e eu não me recordava”, contou o piloto da Honda.
No entanto, Márquez reconheceu que “aqui era fácil magoares-te e falhar duas corridas, porque na próxima semana há [prova em] Jerez [de la Frontera]”.
O piloto espanhol diz saber que tem de “ter paciência” pois não tem “velocidade para atacar”, mas espera “pouco a pouco” reduzir as distâncias”.
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