O piloto estónio Ott Tänak (Ford Puma) venceu hoje o Rali da Suécia, segunda ronda do Campeonato do Mundo, e ascendeu à liderança do Mundial de pilotos.
Tänak concluiu a prova sueca com o tempo de 2:25.54,5 horas, deixando o irlandês Craig Breen (Hyundai i20) na segunda posição, para desespero dos responsáveis da Hyundai, a 18,7 segundos do vencedor, enquanto o belga Thierry Neuville (Hyundai i20) foi terceiro, a 20 segundos.
Uma vez que Breen, que em 2023 vai disputar o Campeonato de Portugal de Ralis, não disputa a totalidade do campeonato do mundo, a equipa coreana terá dado indicações para que o piloto irlandês abdicasse do segundo lugar a favor de Neuville.
De facto, antes da derradeira especial, Breen penalizou 10 segundos por se atrasar um minuto num controlo horário e caiu para trás do belga.
Mas Neuville cometeu um erro na ‘power stage’, a especial final do rali ao travar tarde numa curva à esquerda, voltando a cair para a terceira posição, ao perder 1,7 segundos para o irlandês.
“Não era este o plano, mas não tinha forma de saber”, disse Breen, no final.
Já Neuville explicou que, na última especial, estava “com medo nas travagens e com receio de travar demasiado tarde”, o que aconteceu, explicou o belga, que foi apenas sexto nesta derradeira especial e perdeu a oportunidade de somar pontos extra para o campeonato (os cinco mais rápidos recebem cinco, quatro, três, dois e um ponto extra, respetivamente).
“Tivemos a oportunidade de fazer subir o Thierry na classificação, ao escolher fazer penalizar o Craig, mas não correu conforme planeado. Os ‘Deuses da Velocidade’ decidiram de outra maneira e temos de respeitar isso”, confirmou o francês Cyril Abiteboul, novo diretor da equipa coreana.
Em quarto ficou o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris), campeão mundial em título e anterior líder do campeonato, que assim não vai abrir a estrada na próxima prova, no México, depois de perder a liderança do campeonato para Tänak.
“Não queria somar os cinco pontos [atribuídos ao piloto mais rápido da ‘power stage’]. Houve um pouco de estratégia”, admitiu o finlandês, que foi o terceiro mais rápido nesta última especial, atrás do finlandês Esapekka Lappi (Hyundai i20) e do britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris).
Esta foi a 16.ª vitória para Tänak (que foi quarto na ‘power stage’), primeira desde o regresso à Ford esta temporada. A M-Sport não vencia desde a prova de abertura do 2022, em Monte Carlo, então com o francês Sébastien Loeb.
“[Esta vitória] Diz-me muito, por ter vindo para um novo carro e poder dedicá-la a estes rapazes [da equipa M-Sport]. É um grande esforço lutar contra construtores tão poderosos. É incrível fazer parte desta equipa”, frisou Tänak, no pódio, depois de no final de 2022 ter antecipado em um ano o final do seu contrato com a Hyundai.
O português Hugo Magalhães, que navega o estónio Robert Virves (Ford Fiesta MKII), foi 18.º, a mais de 12 minutos do vencedor.
A próxima ronda disputa-se no México, de 16 a 19 de março.
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