O piloto britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris) é o primeiro líder da 58.ª edição do Rali de Portugal, quinta ronda do Campeonato do Mundo (WRC), que hoje começou com uma superespecial na Figueira da Foz.

Evans, que chegou a esta prova na liderança do Mundial, gastou 2.18,1 minutos para cumprir os 2,94 quilómetros cronometrados, deixando na segunda posição o francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris), recordista de vitórias na prova lusa, com seis, a 0,2 segundos, com o estónio Ott Tänak (Hyundai i20) em terceiro, com o mesmo tempo que Ogier.

Por ser o líder do campeonato, Evans será o primeiro piloto em pista na sexta-feira, ao longo dos 10 troços cronometrados, o que pode representar uma dificuldade extra.

“Amanhã [sexta-feira] vamos descobrir. Vai ser um dia duro. Vamos tentar aproveitar o rali. Abrir a pista não será a minha especialidade”, comentou no final da superespecial desta sexta-feira.

Os primeiros 12 classificados bateram o tempo realizado no ano passado (2.24,20 minutos). Este ano, os carros de Rally1, a categoria principal, deixaram de ter o sistema híbrido que permitia 100 cavalos extra de potência, mas também representava peso adicional.

Outra alteração verificada este ano foi a autorização para os pilotos trocarem de pneus depois da superespecial.

“Este ano foi melhor pois podemos trocar de pneus e não precisamos de estar a poupar”, dizia o estónio Ott Tänak (Hyundai i20).

O programa de sexta-feira está a causar alguma apreensão nos pilotos, pois serão cerca de 13 horas em competição.

“Vai ser precisa muita energia, vai ser um dia longo. Temos de estar acordados logo cedo, a primeira especial é às 07:35. Vão ser 13 horas dentro do carro”, notava o francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris).

Também o seu companheiro de equipa na Toyota, o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris), antevia dificuldades para acordar.

“Vai ser um grande desafio. Vai ser um dia longo. Tenho o meu despertador para as 5:00. Não estou muito satisfeito com isso”, comentava o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris), campeão mundial em 2022 e 2023, que hoje foi o sexto mais rápido, a 1,3 segundos.

Os Toyota surgem na prova portuguesa com uma nova decoração, trocando a habitual cor negra pelo prateado, de forma a minimizar a temperatura dentro do carro.

José Pedro Fontes (Citroën C3) é, provisoriamente, o melhor representante nacional, na 19.ª posição, a 11,5 segundos do mais rápido.

Sexta-feira é o dia mais longo do Mundial até ao momento, com 10 troços e 146,48 quilómetros cronometrados.