O neerlandês Max Verstappen (Red Bull) deu hoje uma prova de força no Mundial de Fórmula 1 ao resistir aos ataques de Carlos Sainz (Ferrari) para vencer pela sexta vez esta temporada, no Grande Prémio (GP) do Canadá.
O piloto da Red Bull concluiu as 70 voltas ao traçado de Montreal em 1:36.21,757 horas, deixando Sainz em segundo, a 0,993 segundos, com o britânico Lewis Hamilton (Mercedes) a igualar o melhor resultado da temporada ao terminar em terceiro, a 7,006 segundos do vencedor.
Partindo da ‘pole position’, Verstappen foi o mais rápido a reagir na partida, defendendo-se do prometido ataque do espanhol Fernando Alonso (Alpine), que largou do segundo lugar.
No entanto, logo na nona volta, a Red Bull sofreu um golpe com a desistência do mexicano Sérgio Pérez com problemas de motor no seu carro, obrigando à primeira situação de ‘safety car’ virtual da corrida.
Uma situação que se repetiria com os problemas mecânicos do alemão Mick Schumacher (Haas), que tinha conseguido a melhor qualificação da carreira ao largar do sexto posto.
Por essa altura, a Alpine decidira manter Alonso em pista, não aproveitando o abrandamento do ritmo provocado pelos incidentes para chamar o espanhol às ‘boxes’, que acabou por baixar à sétima posição.
Quando Verstappen parou para a segunda troca de pneus, na volta 43, regressou à pista atrás de Hamilton, com Sainz a ter mais de 10 segundos de vantagem na liderança.
O piloto neerlandês continuou ao ataque, desenvencilhou-se de Hamilton e, na volta 49, já estava a apenas 7,7 segundos do espanhol.
Mas o acidente do japonês Yuki Tsunoda (Alpha Tauri), que se despistou quando saía das boxes, obrigou à entrada do ‘safety car’ em pista.
A Ferrari aproveitou para nova troca de pneus do carro de Sainz.
Quando a corrida foi retomada, a 14 voltas do final, Sainz tinha pneus mais frescos e a possibilidade de usar o DRS (sistema que permite a um piloto que esteja a menos de um segundo do que o precede aumentar a velocidade de ponta em reta, nas zonas delimitadas).
As últimas voltas foram, por isso, de maior emoção, com os constantes ataques de Sainz a serem repelidos por Verstappen.
O espanhol da Ferrari chegou a estar a apenas 0,3 segundos do campeão mundial mas não conseguiu consumar a ultrapassagem.
“Foi um final excitante no fim. Dei tudo o que tinha”, desabafou Verstappen, no fim da corrida.
Sainz teve de se conformar com o segundo lugar, falhando a primeira vitória da carreira.
“Puxei prego a fundo. Tentei tudo. Fomos rápidos durante toda a corrida. Fiquei satisfeito com o ritmo. Tentámos tudo e ficámos muito perto de vencer hoje. Temos de continuar a tentar”, frisou.
O britânico George Russell (Mercedes) foi o quarto classificado, na frente do monegasco Charles Leclerc (Ferrari), que partiu da 19.ª posição.
Esta foi a 26.ª vitória de Verstappen na Fórmula 1, sexta da temporada, e 82.ª para a Red Bull.
O piloto neerlandês tem, agora, 175 pontos, mais 46 do que o segundo classificado, Sérgio Pérez. Leclerc é o terceiro, com 126.
No Mundial de Construtores, a Red Bull lidera, com 304 pontos, contra os 228 da Ferrari e os 188 da Mercedes.
A próxima ronda é o GP da Grã-Bretanha, em 03 de julho.
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