Verstappen reforçou a liderança do campeonato ao cruzar a meta atrás do ‘safety car’, com o tempo de 1:20.27,511 horas, com o monegasco Charles Leclerc (Ferrari) em segundo, a 2,446 segundos, e o britânico George Russell (Mercedes) em terceiro, a 3,405.

A avaria no McLaren do australiano Daniel Ricciardo na volta 47 das 53 previstas precipitou um final inglório para um duelo que prometia, com os adeptos italianos a assobiarem a decisão da direção de corrida.

O McLaren ficou parado entre as duas curvas de Lesmo, numa zona de reta, mas ainda com o lado esquerdo dentro do asfalto e engatado.

Sem tempo para retirar o monolugar antes da bandeirada de xadrez, o pelotão acabou por cortar a meta em comboio atrás do ‘safety car’.

“Enquanto estavam a ser feitos todos os esforços para retirar o carro número 3 e retomar a corrida, os comissários foram incapazes de colocar o carro em ponto morto e retirá-lo para a escapatória. Como a segurança da operação de recuperação é a nossa prioridade e o incidente não teve gravidade suficiente para uma bandeira vermelha [que interromperia a prova], a corrida terminou com ‘safety car’, de acordo com os procedimentos aprovados entre a Federação Internacional do Automóvel (FIA) e os concorrentes”, explicou um porta-voz da FIA.

Nessa altura, Leclerc tentava recuperar 19 segundos de atraso para Verstappen, criados por uma paragem nas boxes que acabou por deixar o monegasco “pouco satisfeito”.

Leclerc partiu da ‘pole position’ para um Grande Prémio que deveria ser de festa para a Ferrari, que celebrou os seus 75 anos da marca italiana com equipamentos amarelos.

Verstappen, líder do campeonato à partida para a 16.ª das 22 corridas do campeonato, com 109 pontos de vantagem, tinha sido relegado para a sétima posição da grelha, por troca do motor de combustão interna do seu Red Bull.

Aproveitando o facto de o traçado de Monza permitir mais ultrapassagens, nove pilotos trocaram componentes do motor ou da caixa de velocidades além do máximo permitido pelos regulamentos, o que implicou que apenas Leclerc saísse da posição para a qual se qualificou.

Mesmo assim, Verstappen não perdeu tempo e, na volta 12, já estava em segundo. Nessa altura, a Ferrari fez parar Leclerc para troca de pneus, o que deixou o neerlandês na liderança, que aguentou até pouco depois do meio da corrida, quando também parou para trocar pneus.

Leclerc fez uma segunda paragem na volta 34, regressando à pista com quase 20 segundos de atraso e menos de 20 voltas para os recuperar.

Na volta 47, quando Ricciardo parou, estava já a pouco mais de seis segundos do líder.

Com a entrada do ‘safety car’, todos aproveitaram para trocar de pneus mas a corrida já não foi retomada em condições normais.

“Fizemos uma grande corrida. Fomos os mais rápidos. Depois, o ‘safety car’ entrou e, infelizmente, não tivemos um reinício”, disse Verstappen, no final, debaixo de um enorme coro de assobio dos adeptos italianos, enquanto Leclerc admitiu que “o final foi frustrante”.

Com este triunfo, o 11.º da temporada em 16 corridas, 31.ª da carreira e quinto consecutivo, Verstappen chega aos 335 pontos, tendo 116 de avanço para Leclerc, que soma 219.

O mexicano Sérgio Pérez (Red Bull), que hoje foi sexto, é terceiro do campeonato, com 210.

O espanhol Carlos Sainz (Ferrari) partiu de 17.º e terminou em quarto, depois de ter conquistado 17 posições (14 até à paragem para troca de pneus e mais três até final da corrida).

Já o neerlandês Nyck de Vries (Williams), que nesta prova substituiu o tailandês Alexander Albon, acometido por uma apendicite aguda, foi nono e foi escolhido como piloto do dia.

A próxima etapa do Mundial, a 17.ª, está marcada para 02 de outubro, com o Grande Prémio de Singapura, onde Verstappen pode celebrar o seu segundo título seguido, a cinco corridas do fim, se vencer e Leclerc não for além do nono lugar, ou vencer com volta mais rápida e o monegasco não conseguir melhor que o oitavo.