A Liga dos Campeões é a prova mais importante da UEFA. Por isso mesmo, esta competição deveria ser interpretada de uma forma séria e rigorosa, respeitando as equipas que lutam até à última jornada para se classificarem. O Barcelona encarou esta jornada de uma forma displicente, ao desvirtuar a verdade desportiva. A UEFA terá de ponderar estas situações e deverá criar regras e normas para que isto não se repita.
Desta vez a equipa que poderia ser prejudicada era o Celtic. Mas qualquer equipa nestas circunstâncias tem todo o direito de se sentir lesada. 
Quanto ao jogo, no lançamento do mesmo, tinha escrito que tudo se alteraria se o Barcelona se apresentasse com uma equipa à base dos jogadores suplentes, sem os cérebros Iniesta, e Xabi,, e ainda a ausência de mais três ou quatro titulares. 
Claro que assim o Benfica teria mais hipóteses de vencer. Mas o Barcelona exagerou, pois inicialmente só jogou com um ou dois titulares. De fora, ficaram Valdés, Dani Alves, Piqué, Alba, Busquets, Xabi, Iniesta, Fabregas, Pedro, Messi, e Alex Sanchez.
O Benfica perante a equipa B dos catalães, a qual está classificada em sexto na Liga de Prata, tinha obrigação de dominar e de se assenhorar do jogo. Aliás o Benfica impôs um ritmo atacante imparável. Na primeira parte o jogo foi de sentido único. Direcionado à baliza de Pinto. O futebol foi bem elaborado, bem construído, mas foi ineficaz. 
Nesse período, esta jovem equipa do Barcelona só incomodou a defesa encarnada por duas vezes, enquanto o Benfica criou várias flagrantes oportunidades para marcar. Três desperdiçadas. E Pinto negou o golo por duas vezes. O Benfica não teve culpa que os catalães não surgissem na máxima força e por isso realizou uma soberba exibição. Só que, ao não concretizar as imensas oportunidades para marcar, ficou pelo caminho. 
Na segunda metade o Benfica não repetiu o ritmo diabólico que tinha imprimido até aí. Era impossível manter aquela velocidade durante noventa minutos. O Barcelona equilibrou o jogo e com a entrada de Messi os jovens moralizaram-se e em alguns momentos enlearam o Benfica no Tiqui-Taca. 
Jesus disse «que não se vê nenhuma equipa em Camp Nou a fazer o que o Benfica fez». É preciso medir as distâncias. Esta equipa era composta por jogadores de segunda e terceira linha. Mérito teve o Rubin Kazan, pois conseguiu a proeza de bater em Camp Nou o Barcelona por 1-2, com todos os titulares.