Fernando Santos, selecionador da Grécia, talvez contagiado pelos filósofos gregos, fez uma pessimista e profética antevisão do valor e dos desejos do Olympiacos. «Julgo que o melhor será esperar o pior. Não há qualquer dúvida de que o Olympiacos quer bater o Benfica e fará tudo o que lhe for possível para o fazer. E sabe que, se vencer, terá dado passo importantíssimo rumo aos oitavos-de-final, a pressão dos adeptos do Olympiacos será tremenda, como sempre é, pelo que a tarefa do Benfica não será, nesse aspeto, nada fácil».
Certamente que o Olympiacos frente ao PSG, desejava ganhar e a pressão dos adeptos foi aquela que vai ser hoje. Contudo os Gregos queriam vencer? Queriam. Mas perderam com os franceses por 4-1. O ambiente não valeu de nada face à superioridade do PSG.
Se perguntassem a Aristóteles, o pai da Lógica, quem venceria o jogo de hoje ele responderia que no futebol a lógica é uma batata. Platão diria que «uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida. Têm a palavra os intérpretes».
Ptolomeu, filósofo de astronomia, talvez dissesse. «Imaginemos a bola de futebol como uma bola de cristal. Devemos trata-la com delicadeza e carinho e leva-la por bons e escolhidos caminhos até ao local em que ela fará felizes os espectadores. As redes da baliza».
Estou a ver e ouvir Jesus e Michel aos gritos a tentarem explicar o GPS. Mas não posso ainda conjeturar quem vai ganhar. O resultado final tem três hipóteses. Citando um vosso compatriota direi: «prognóstico só no fim».
Como eram diferentes na coerência, no saber, na filosofia e no discurso os verdadeiros filósofos gregos. Hoje nós “vimo-nos gregos” para perceber os “futebólogos” que se julgam filósofos do futebol.
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