Os clubes madeirenses pediram hoje aos partidos regionais para deixarem de lado o "umbiguismo partidário", com o presidente do Nacional a lançar um "grito de socorro" durante um evento que uniu os líderes de algumas coletividades insulares.

Em conferência de imprensa realizada no Estádio do Marítimo, com o objetivo de debater o desporto na Região Autónoma da Madeira (RAM), assim como os seus desafios futuros, Rui Alves pediu aos líderes partidários que coloquem os interesses da Região à frente dos "egos pessoais", num apelo para que aprovem o Orçamento Regional até ao verão.

O presidente do emblema 'alvinegro', recém-promovido à I Liga de futebol, salientou que "nenhum setor da vida pública madeirense foi tão responsável pela inclusão da Madeira como o desporto", para depois dizer que é graças aos clubes locais que os "madeirenses aterram em Lisboa e no Porto sem vergonha".

O presidente do Nacional esclareceu que a demora em desbloquear as verbas relativas aos apoios financeiros pode resultar na "morte" das instituições desportivas, tendo prometido que vai convidar "todos os sócios e pais dos atletas do Nacional" para uma "marcha na Assembleia Legislativa da Madeira", na eventualidade de a situação não se resolver.

Na qualidade de anfitrião do evento, o presidente do Marítimo, Carlos André Gomes, também fez questão de reforçar que "há o risco de alguns clubes não conseguirem suportar os custos do seu dia-a-dia", pedindo aos partidos que "pensem no futuro" das coletividades da RAM.

O líder máximo dos 'verde rubros' mencionou os "custos elevadíssimos" inerentes à participação nacional dos clubes locais nas várias modalidades, acrescentando que há o risco de "rutura financeira".

Na ocasião, também estiveram os presidentes de Machico, Camacha, Club Sports Madeira, Académico do Funchal, CAB Madeira, Madeira SAD e Galomar, emblemas insulares com representatividade nas competições desportivas nacionais e que fizeram questão de se associar a esta causa.