Os esports deixaram de ser desde há muito tempo um 'hobbie' para passar a ser uma indústria multi-milionária. Os motivos para o crescimento para esta atividade com enorme potencial foi alvo de análise, esta terça-feira, no Web Summit.
"É um mercado que cresce 14 a 20% ao ano, e em que os 'prize moneys' são maiores do em qualquer desporto", começou por explicar Bruce Stein, CEO e co-fundador da AXiomatic, uma empresa que investe em videojogos e controla uma empresa de esports: A Team Liquid.
Os esports, como indústria bilionária, também atraiu naturalmente a atenção das empresas de apostas.
"Temos que incorporar cada vez mais os esports nas apostas. É um grande mercado", referiu Sergey Portnov, CEO da empresa de apostas Parimatch.
Há dois mercados que têm gerado um enorme 'buzz' entre os jovens: O UFC e os esports. Contudo, Sergey Portnov não tem dúvidas em que cavalo apostaria, caso tivesse que escolher um.
"Analisamos as distribuição e verificamos que os esports batem o UFC por milhas. Os esports conseguem produzir conteúdos todos os dias, ao contrário do UFC. Temos 52 eventos por dia", explica, esclarecendo que se trata de uma "fábrica de dinheiro", que facilmente vai atrair a atenção de marcas a nível mundial.
Em relação ao perigo por trás do match-fixing, Portnov acredita que a indústria está muito exposta por se tratar ainda de uma actividade relativamente recente.
"É um jogo complicado de perceber. Muita gente que joga é vulnerável ao 'match fixing'. Há muito isso porque a indústria ainda é imatura. Naturalmente vai levar a outro tipo de controlo."
Nos esports a média dos valor investido nas apostas é de cinco euros.
Bruce Stein, CEO e co-fundador da AXiomatic, explica que os esports podem ser uma ameaça para muitas outras atividades desportivas devido à sua componente social.
"A experiência dos esports é muito social. No twitch (Plataforma de streaming de jogos) a maior parte das visualizações acontece no blog", lembra.
A Web Summit decorre em Lisboa até quinta-feira, dia sete de novembro.
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