Os jogadores da seleção venezuelana que na sexta-feira enfrenta a Argentina de Lionel Messi num particular em Madrid, querem uma vitória que lhes permita "dar uma alegria" aos seus adeptos no meio da difícil situação do seu país.
"Esta partida é para todos os venezuelanos, se conseguirmos um resultado positivo, seria algo bonito para eles, sabemos que podemos dar alegria ao país e estamos focados nisso", disse nesta quarta-feira o avançado venezuelano do Huesca, Juanpi Añor, que falou da dura realidade do seu país.
"As pessoas tentam sempre manter-se um pouco à margem de tudo o que está a acontecer, mas no final, todos os venezuelanos sentem essa pressão que os que vivem lá estão a sentir", explica.
"E no final, mesmo à distância, dói bastante, então tentamos ajudar no que for possível, poder dar tudo por eles e esperar que tudo se resolva", acrescentou.
O seu companheiro Roberto Rosales lembra também que "não estamos alheios à situação. Os nossos amigos, as nossas famílias estão a viver essa situação tão complicada".
"Aqui temos a oportunidade de levar-lhes, por meio do desporto, uma pequena alegria e que possam sentir-se orgulhosos da seleção", disse o defesa do Espanyol.
A Venezuela enfrenta a Argentina na sexta-feira no estádio Wanda Metropolitano em Madrid, algo que "para todos os argentinos e a quantidade de venezuelanos que há aqui em Madrid acredito que seja bonito também para eles", diz Juanpi.
"Não é um segredo que estamos a viver mal com o que se passa na Venezuela e nós como jogadores tentaremos dar uma alegria", garantiu Salomón Rondón.
"Somos jogadores e onde vamos tentamos compartilhar alegria. Representamos um país, representamos muita gente", acrescentou o jogador do Newcastle.
"Não é segredo para ninguém o que nosso país está a viver. Dói-nos em nós todos porque somos venezuelanos, estamos fora mas com o coração dentro, o facto de vir jogar na seleção num momento tão duro é uma amostra do compromisso e amor pelo nosso país", afirmou o jogador do Torino, Tomás Rincón.
"Acho que existem pessoas que precisam de ser inspiradas, que precisam de que nós continuemos a levar essa esperança adiante e aqui estamos a dar a cara pelo nosso país", concluiu Rincón.
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