O detentor da Taça de Angola de futebol sénior masculino, Bravos do Maquis, está a mais de quatro meses sem salário, além dos prémios de jogos, mas continua a trabalhar, apesar de descer de divisão.
Por causa de estar a viver serias dificuldades financeiras, desde o principio da época 2015, o Bravos do Maquis poderão falhar a presença na Taça da Confederação Africana de Futebol (Taça CAF), porque a prova envolve muitos gastos.
No campeonato nacional da primeira divisão, Girabola, a equipa da província do Moxico passou por muitas dificuldades, quer em termos de deslocação, alojamento, pagamento de salários e noutros serviços.
Na próxima época futebolística, em 2016, o Bravos do Maquis competirá no campeonato nacional da segunda divisão, vulgo Segundona, prova qualificativa para o Girabola 2017.
O treinador principal do referido emblema, Alberto Cardeau, disse ao SAPO que é profissional, por isso está a resistir às dificuldades, mas lamentou a situação que a agremiação está a viver:
“É difícil, mas cada pessoa tem formas de superar as suas dificuldades. Nós somos profissionais e vivemos disso, mas desta forma também sentimos que estamos a levar uma vida muito difícil”, lamentou o treinador.
Alberto Cardeau reforçou que independentemente dos problemas que estão a viver, assim como: falta de salários, prémios de jogos e outras questões, o grupo continua a trabalhar motivado, porque ainda têm outras metas a atingir.
De tanta divida e outros problemas que o clube está a atravessar, os jogadores e equipa técnica, a uma determinada altura preferiram lutar apenas pelos aspectos desportivos, jogar e tentar conquistar glórias.
Recorda-se que na final da 34ª edição da Taça de Angola, os maquisardes bateram o Sagrada Esperança, após terem afastado nas meias-finais a equipa ‘gigante’ e mais titulada da prova, Petro de Luanda, com 10 troféus.
Manter-se na primeira divisão, foi o principal objectivo do emblema traçado para a época 2015, mas devido os imensos problemas que o clube ultrapassa, não conseguiram alcançar o desejado, mas não entristeceram porque conquistaram a Taça de Angola pela primeira vez e receberam o prémio de 25 mil dólares norte-americanos, ao passo que o finalista vencido, Sagrada, recebeu 15 mil USD.
Na edição passada, em 2014, o vencedor da Taça de Angola, Benfica de Luanda, recebeu 50 mil USD do patrocinador oficial da competição, Banco Bic, enquanto o Kabuscorp, na segunda posição, ficou com o cheque igual ao do Bravos do Maquis.
Os valores monetário foram reduzidos, devido a crise financeira que Angola atravessa.
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