De regresso ao Brasil para representar o Flamengo, Danilo abriu o coração em entrevista ao The Guardian e partilhou algumas das experiências que moldaram a sua carreira, incluindo uma história curiosa da sua passagem pelo FC Porto e o momento em que precisou de ajuda psicológica no Real Madrid.

O defesa, que vestiu a camisola azul e branca entre 2011 e 2015, recordou uma decisão impulsiva que hoje vê com outros olhos. "Quando jogava no FC Porto, ia ao Brasil uma vez por ano e comprei um Camaro por 500 mil reais [cerca de 80 mil euros]. Mas o carro estava em Bicas, a minha cidade natal. O que é que eu ia fazer com um Camaro em Bicas?", confessou, destacando a pressão social que os jogadores sentem para exibir um certo estilo de vida.

Mas a fase mais difícil da sua carreira surgiu no Real Madrid, onde sentiu o peso da exigência e das críticas. "Foi o auge desse problema, porque é o maior clube do mundo. Sofri muito, a ponto de procurar ajuda psicológica. Houve momentos em que parecia que não conseguia mais lembrar-me de como jogar futebol. Era um refém das críticas, das redes sociais, de tudo."

Foi então que decidiu trabalhar com um psicólogo desportivo, um apoio que considera fundamental no futebol moderno. Danilo defende que os clubes deveriam estar mais atentos ao impacto mental que a alta competição pode ter nos jogadores.