A FIFA irradiou do futebol o ex-presidente da federação do Afeganistão, Keramuddin Karim, condenado por abuso e violência sexual contra jogadoras do seu país.
“Keramuddin Karim é culpado de abusar da sua posição e abusar sexualmente de jogadoras, em violação do Código de Ética", concluiu uma investigação do tribunal interno da FIFA, sobre eventos ocorridos entre 2013 e 2018.
Banido para sempre do futebol, nacional afegão e internacional, Karim foi igualmente multado em cerca de 893.000 euros, mas poderá apresentar recurso no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), na Suíça.
O caso surgiu após cinco futebolistas afegãs terem denunciado o dirigente ao jornal inglês The Guardian, levando a FIFA a suspendê-lo de todas as atividades a 12 de dezembro e à abertura de um inquerido judicial, agora concluído.
“Este é apenas um primeiro passo. Isto ainda não acabou, pois o futebol não é um lugar para abusos… as mulheres devem ser protegidas”, escreveu a ex-jogadora Khalida Popal, a primeira denunciante, e que disse ter recolhido testemunhos de violência sexual, ameaças de morte e violações de ex-companheiras de equipa.
Quando foi suspenso, Keramuddin Karim negou “veementemente” as acusações de violência sexual, considerando que se trata de uma “conspiração” contra si, “sem provas”.
Karim violou o Código de Ética da FIFA, nomeadamente os artigos 23, que regula a proteção da integridade física e mental, e o 25, sobre abuso de poder.
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