"O regresso de Deus". Foi assim que Zlatan Ibrahimovic anunciou o seu regresso à seleção da Suécia, quase cinco anos após a sua saída. O avançado de 39 anos foi convocado para representar os nórdicos na caminhada rumo ao Mundial2022.
Além de Ibra, outros craques do futebol mundial como Messi, Pelé e Zidane, também voltaram às suas seleções depois de se terem despedido
- Pelé: Campeão do Mundo em 1958 (na Suécia) e em 1962 (no Chile), Pelé viveu um pesadelo no Mundial de 1966, em Inglaterra, vítima de entradas duras dos seus adversários e da condescendência dos árbitros. Então o 'rei' decidiu concentrar-se apenas no seu Santos e não vestiu a camisola do Brasil durante dois anos.
Mas com o aproximar do Mundial de 1970, Pelé reencontrou-se com a Canarinha, agora sob o comando do seu ex-companheiro de seleção, Mário Jorge Lobo Zagallo. Pelé brilhou mais do que nunca no México e levou o seu país ao terceiro título mundial. Deixaria definitivamente a seleção do Brasil um ano depois, numa partida contra a antiga Jugoslávia, no Estádio Maracanã.
- Paul Gascoigne: Convocado pela primeira vez para a seleção nacional de Inglaterra em 1988 por Bobby Robson, Gascoigne marcou o futebol inglês pelas suas excentricidades, mas também pelas suas lágrimas na semifinal no Mundial de 1990, na derrota frente a Alemanha, nas grandes penalidades
O malogrado Robson deixou a seleção Inglesa e Gascoigne é deixado de lado pelo seu sucessor Graham Taylor. Voltaria mais tarde num amigável mas lesiona-se e perde o Europeu de 1992. 'Gazza' volta a lesionar-se novamente em 1994 e fica ausente durante um ano e meio da seleção. Em 1997, ajuda a Inglaterra a apurar-se para o Campeonato do Mundo de 1998 em França, mas depois de um novo escândalo, Glenn Hoddle não o convoca para disputar a prova. Gascoigne nunca mais vestiria a camisola da seleção dos três leões.
- Zinédine Zidane: Um ano após o anúncio da sua saída da seleção francesa depois de uma eliminação nos quartos de final do Euro 2004, Zidane anuncia o seu regresso aos Bleus. Sob o comando de Raymond Domenech, 'Zizou' levou a França à final do Mundial de 2006, na Alemanha, mas termina a sua carreira extraordinária com uma famosa cabeçada no peito do italiano Marco Materazzi, que acaba provocando a sua expulsão. A França, que abriu o marcador com um penalti marcado por Zidane, num remate à Panenka, perdeu nas grandes penalidades e a aventura na seleção francesa do atual treinador do Real Madrid terminou com um gosto amargo.
- Ronaldinho Gaúcho: Pentacampeão mundial em 2002 pelo Brasil, Ronaldinho Gaúcho foi regularmente convocado para a seleção. Titular no Campeonato do Mundo de 2006 na Alemanha, o craque ficou afastado da seleção durante 18 meses e não fez parte da chamada inicial para o Mundial de de 2010 na África do Sul. Ronaldinho é incluído apenas numa lista de suplentes à última hora (caso algum outro jogador da lista principal se lesionasse) e acaba por não participar do Mundial. Meses depois da prova, o craque voltou a ser convocado regularmente, até 2013.
- Lionel Messi: Messi, que na sua carreira obteve inúmeras conquistas no Barcelona, acumula deceções com a seleção da Argentina, o que o levou a deixar temporariamente a 'Albiceleste'. Após a derrota na final do Mundial de 2014 e um ano depois na decisão da Copa América 2015, a seleção voltou a perder o título da Copa América, em 2016.
"A primeira coisa que me veio à cabeça e pensei no balneário foi, 'já não dá, a seleção acabou para mim. Já são quatro finais perdidas, não é para mim'", declarou o astro no dia 26 de junho de 2016.
Uma frase que caiu como uma bomba entre os adeptos argentinos. Mas essa saída de cena internacional do maior marcador da história da seleção albiceleste não durou muito: Messi voltou atrás dois meses depois e mais tarde disputou o Mundial de 2018... sem muito sucesso: eliminação nos oitavos de final contra a França (4-3). Depois, uma nova pausa internacional para o seis vezes vencedor da Bola de Ouro, que ficou ausente da equipa da Argentina até o início de 2019.
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