O antigo presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso lamentou hoje a morte do futebolista Pelé, que foi seu ministro, e que recordou como um “incontestável símbolo” e “motivo de orgulho” para o Brasil.

“Com a mais profunda tristeza, recebo a notícia da morte de @Pele, incontestável símbolo de nossa nação, motivo de orgulho para todos nós”, escreveu o antigo chefe de Estado do Brasil (1995-2003).

“Além de ter sido consagrado como uma lenda do esporte mundial, Pelé foi homem público exemplar, leal a seus princípios, valores e ao nosso país. Perdemos todos com sua partida”, considerou ainda.

Pelé foi ministro do Desporto entre 1995 e 1998, no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso.

A lenda do futebol brasileiro e mundial, único jogador tricampeão do Mundo, ficou internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, em 29 de novembro, quando se submeteu a uma reavaliação do tratamento ao cancro de colón detetado em setembro de 2021, e ao tratamento de uma infeção respiratória, agravada pela covid-19, com antibióticos.

Desde que foi operado ao cancro, Pelé passou por um ciclo de sessões de quimioterapia que o obrigou a ir várias vezes ao hospital para acompanhar a sua evolução.

A saúde de Pelé piorou nos últimos anos também por outras causas, como problemas na coluna, na anca e nos joelhos, que reduziram a sua mobilidade e o obrigaram a ser operado, além de ter sofrido uma crise renal, o que reduziu drasticamente as suas aparições públicas, embora tenha continuado ativo nas redes sociais.

Pelé, o único futebolista três vezes campeão do mundo, em 1958, 1962 e 1970, assinou 77 golos nas 92 internacionalizações pela seleção brasileira, tendo vestido as camisolas do Santos e dos norte-americanos do New York Cosmos.

O hospital confirmou hoje "com pesar" a morte do futebolista brasileiro, às 15:27 locais (18:27 em Lisboa), na sequência da "falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do cancro do cólon associado à sua condição clínica prévia".