O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, suspenso após chamar "cadela" a uma funcionária, vai pagar uma multa em géneros, que inclui comida para animais, para que o caso seja encerrado.
O acordo obtido com o Ministério Público do Rio de Janeiro, coloca fim ao processo por assédio sexual e moral e é invulgar quanto à forma da multa, de 100 salários mínimos (mais de 21 mil euros): uma tonelada de ração animal para cães e gatos, para duas associações, e ainda telemóveis e peças para viaturas, entre outros materiais, para a Patrulha Maria da Penha, um programa da Polícia Militar do Rio e do Tribunal de Justiça que apoia mulheres vítimas de violência.
A proposta de transação penal, avançada pelo promotor Márcio Almeida, foi homologada pela juíza Simone Cavalieri Frota, e Caboclo deu início ao pagamento na semana passada. O caso foi então arquivado pelo Ministério Público.
Caboclo fora formalmente acusado de assédio por uma funcionária da CBF, no cargo desde 2013, que pormenorizou vários episódios de comportamento inapropriado por parte do dirigente. Entre as acusações, está o insulto de "cadela" e o oferecer-lhe biscoitos para cão.
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