A Chapecoense venceu esta quarta-feira por 2-1 na receção ao Atlético Nacional, em jogo da primeira mão da Supertaça sul-americana de futebol, quatro meses após o acidente aéreo que vitimou 71 pessoas, a maioria das quais da equipa brasileira.
Num encontro com muitas homenagens às vítimas do acidente, os golos de Reinaldo, aos 23 minutos, de grande penalidade, e Luiz Otavio, aos 73, deixaram a Chapecoense em vantagem para a deslocação ao estádio da equipa colombiana, que tinha inaugurado o marcador aos 13, por Macnelly Torres.
As equipas deviam ter-se defrontado em novembro de 2016, na final da Taça Sul-Americana, mas o avião que transportava a equipa brasileira caiu, matando 71 pessoas, e o troféu foi atribuído à Chapecoense, por proposta do clube colombiano.
O Atlético Nacional já tinha vencido a Taça Libertadores, a principal competição de futebol da América do Sul, o que lhe garantiu a presença na Supertaça, mas também atingiu a final da Taça Sul-Americana, a segunda prova continental, na qual devia ter defrontado a Chapecoense.
Em 29 de novembro, 19 futebolistas da equipa brasileira morreram num acidente perto de Medellin, quando o avião a caiu por falta de gasolina: a aeronave transportava 77 pessoas, sendo que 71 faleceram.
A Chapecoense tem-se reconstruído com novos futebolistas e patrocinadores, embora os familiares das vítimas estejam ainda a ser penalizados pela falta de compensação financeira pelas suas perdas.
O clube brasileiro precisou de uma autorização especial para receber o desafio, já que o seu estádio, o Arena Conda, alberga apenas 22.000 espetadores, quando as regras da CONMEBOL definem que as finais continentais devem ser realizadas em recintos com um mínimo de 40.000 lugares.
A CONMEBOL declarou que os 200.000 habitantes de Chapecó desejam “pagar na sua própria cidade um tributo especial ao Atlético Nacional pelas suas ações de solidariedade e apoio oferecido à equipa na altura do acidente”.
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