O Borussia Dortmund disse hoje temer o pior para a primeira liga alemã de futebol, interrompida em 16 de março devido à pandemia de covid-19, caso as autoridades não autorizem o regresso da prova em maio.
Em declarações à Sky Sports News, o diretor do executivo do clube no qual alinha o internacional português Raphaël Guerreiro mostrou-se preocupado, por considerar que “se trata de salvar o futebol”.
"Trata-se de salvar o futebol, nem mais nem menos. Se não jogarmos nos meses seguintes, toda a Bundesliga entrará em colapso. Já não vai existir da mesma forma que conhecemos”, afirmou Hans-Joachim Watzke.
Watzke insiste que os clubes não estão à procura de tratamento "especial", mas "apenas querem fazer o seu trabalho", sem esquecer que a prova deve ser concluída até 30 de junho, para os clubes não perderem as receitas em direitos televisivos na ordem dos 300 milhões de euros.
Na passada semana, a Federação Alemã de Futebol (DFL) manifestou-se a favor do regresso da competição a partir de 09 de maio, com partidas à porta fechada e com os jogadores a serem testados regularmente.
Contudo, a DFL ainda precisa da luz verde da chanceler alemã Angela Merkel e das autoridades germânicas, que se vão reunir na quinta-feira.
De acordo com a revista alemã Kicker, 13 dos 36 clubes da primeira e da segunda liga estão à beira da falência. Werder Bremen e Schalke já admitiram que suas finanças foram seriamente afetadas pela crise do novo coronavírus.
Em 16 de março, a Liga de clubes alemã começou por suspender os campeonatos até 02 de abril e, já no final de março, dilatou essa suspensão para 30 de abril, devido à crise sanitária existente em todo o mundo.
Na primeira semana de abril, alguns clubes recomeçaram os treinos, ainda que de forma condicionada e em pequenos grupos, entre os quais o campeão Bayern Munique, o Eintracht Frankfurt, o Wolfsburgo, o Leipzig e o Borussia Dortmund.
Após cumpridas 25 de 34 jornadas, a Bundesliga é liderada pelo Bayern Munique, que soma 55 pontos, mais quatro do que o Borussia Dortmund e cinco face ao Leipzig.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 206 mil mortos e infetou quase três milhões de pessoas em 193 países e territórios. Perto de 810 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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