O presidente da Comissão da equipa do Sporting da Brava, Ângelo Oliveira, pede uma “melhor atenção” das entidades competentes, incluindo da Federação Cabo-verdiana de Futebol, para o futebol da ilha.
Num comunicado publicado hoje na página de facebook do clube e depois confirmado pela Inforpress junto do presidente da comissão, este alega que o relacionamento entre a Associação Regional de Futebol da Brava (ARFB) e o clube não tem sido das melhores e que “talvez nem venha a ser, por motivos desconhecidos pelo próprio clube”.
Segundo o comunicado, no início época, houve a reeleição dos órgãos da ARFB, processo que “decorreu dentro da legalidade”.
Entretanto, lê-se no mesmo comunicado que o que se estranha é a forma como são tratados os jogadores afectos ao Sporting Clube da Brava, considerados sempre como “mal comportados, indisciplinados e, talvez até criminosos”.
“O que queremos aqui mostrar não é mais do que a discrepância que andam a actuar certos órgãos da ARFB, nomeadamente o Conselho Directivo (CD) ”, acusa.
Além das acusações feitas no mesmo comunicado, a direcção da comissão diz não entender “como é que dois processos instaurados a atletas do Sporting Clube da Brava podem ser tão diferentes”.
Segundo o documento, o primeiro refere ao atleta Péricles Ortega, por declarações postadas na rede social facebook, e foi alvo de um processo de averiguação, e em “nenhum momento” deu origem ao processo disciplinar, e nem lhe foi concedido um prazo para apresentar a sua defesa, mas mesmo assim foi suspenso por três meses.
O outro caso trata-se do atleta António Correia, após algumas incidências no jogo frente ao Morabeza Sport Clube, que foi aplicado uma suspensão de cinco meses.
O clube diz lamentar a atitude do atleta António Correia, pois, lê-se no documento que “não compactuam” com atitudes do tipo, mas defende que deve-se ter em atenção que o mesmo agiu de “cabeça quente”.
Além disso, a nota diz que é do conhecimento de todos que “os processos devem ser conduzidos dentro da tramitação legal, o que não tem sido”.
“Os referidos processos são exemplo claro e que não deixam nenhuma dúvida de que o nosso futebol precisa e, urgentemente, da intervenção da Federação Cabo-verdiana de Futebol”, diz o comunicado, acrescentando que não houve nos referidos processos enquadramento das infracções, ou seja, se são “leve, graves ou muito graves”.
Para finalizar, o comunicado realça que o Sporting Clube da Brava”não vai desistir” e fará de tudo para que “a verdade desportiva seja uma realidade na ilha”.
Comentários