O Mindelense recebeu e venceu na tarde de hoje a Académica do Fogo por 2-1, em jogo da 1ª mão da final do campeonato de Cabo Verde, em futebol, partida disputada no Estádio Adérito Sena.
Apesar da vitória, os adeptos do Mindelense saíram do estádio zangados com o árbitro do jogo, Aristides Rodrigues, de Santiago Sul, que acusaram de anular um golo limpo à sua equipa e de não marcar uma grande penalidade cometida sobre Adir, lances que ocorreram na ponta do jogo.
Ademais, o quarteto de arbitragem saiu do relvado debaixo de uma valente assobiadela e, no exterior do estádio, muitos adeptos encarnados concentraram-se para demonstrar a sua insatisfação.
O jogo foi presenciado pelo primeiro-ministro, José Maria Neves, e pelos presidentes das câmaras municipais de São Vicente, Augusto Neves, e do Fogo, Luís Pires, para além de entre outros responsáveis locais e nacionais.
Casos à parte, o Mindelense até entrou bem no jogo e aos 7 minutos o avançado Patchico em boa posição cabeceou à figura do guarda-redes Djidjé, da Académica do Fogo.
A equipa da casa, galvanizada pelo seu público, que mais uma vez encheu as bancadas do Estádio Adérito Sena, jogava em ataque continuado, ao passo que a Académica do Fogo tratou bem cedo de fechar o meio-campo e aguardar pelo melhor momento para o contra-ataque.
Aliás, só aos 27 minutos a Académica do Fogo aproximou-se da área do Mindelense com perigo, na sequência de livre em cima da linha da grande área, mas Kevy rematou por cima da barra.
E foi precisamente na sequência de um lance de bola parada que a Académica inaugurou o marcado, aos 29 minutos, por intermédio de Victor, que desviou a bola na pequena área para o fundo das redes da baliza de Tóll, guarda-redes do Mindelense.
A reacção da equipa da casa não se fez esperar e, sete minutos após o golo da Académica, o Mindelense empatou a partida por intermédio de Lalo, defesa da Académica, que marcou na sua própria baliza ao tentar desviar um cruzamento da direita do ataque do Mindelense.
Até ao intervalo prevaleceu o empate a um golo, o Mindelense voltou reentrar bem no jogo, ao ataque, a jogar mais no meio-campo do seu adversário e com este sempre na expectativa do contra-ataque.
O golo da vitória encarnada foi apontado aos 82 minutos por intermédio de Sidney, que entrara minutos antes no jogo, que desviou remate de cabeça do seu colega Adir.
Até o fim, o Mindelense andou sempre à procura de mais golos, introduziu a bola na baliza da Académica, por intermédio de Dukinha, a três minutos dos 90, e queixou-se ainda de uma alegada grande penalidade sobre Adir, mas não sancionada pelo árbitro.
Com esta vitória de 2-1, o Mindelense vai agora deslocar-se, já no próximo sábado, ao terreno da Académica do Fogo, para o jogo da 2ª mão, ou seja, o de todas as decisões.
No final do jogo, o treinador do Mindelense manifestava desagrado com o trabalho do árbitro, que no seu entender prejudicou a sua equipa, todavia mostrou-se esperançado no bom resultado na ilha do Fogo.
“O Mindelense sofreu um golo em casa, é certo, mas nós somos equipa para ir ao Fogo marcar e trazer a taça de campeão de Cabo Verde para São Vicente”, acrescentou antes de dedicar a vitória ao seu futebolista Adelino, que “iria ser titular” mas no estágio recebeu a notícia da morte de um familiar.
Por seu lado, Danilo Diniz, treinador da Académica do Fogo, considerou que a sua equipa atingiu um dos objectivos para o jogo que era marcar, mas que a derrota ficou a dever-se a erros que serão corrigidos no jogo da 2ª mão.
“Temos equipa para vencer em nossa casa, hoje defrontámos uma grande equipa que o campeão nacional em título, mas na nossa casa com o apoio dos nossos adeptos, com certeza que vamos lutar até ao fim para conquistar o título”, concluiu Danilo Diniz.
A 2ª mão da final disputa-se no próximo sábado no Estádio 5 de Julho, na cidade de São Filipe, ilha do Fogo.
O jogo da 1ª mão foi presenciado pelo primeiro-ministro, José Maria Neves, e pelos presidentes das câmaras municipais de São Vicente, Augusto Neves, e do Fogo, Luís Pires, para além de entre outros responsáveis locais e nacionais.
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